A obesidade e a fome são dois grandes problemas do sistema alimentar na América Latina. É verdade, entretanto, que este problema se vê em todo o mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO, há 870 milhões de pessoas passando fome em todo o planeta. Por outro lado, há 500 milhões que têm problemas de obesidade.
Em parte, o problema é derivado do sistema alimentar que incentiva o consumo de alimentos com baixo valor nutritivo, produzido em larga escala e direcionado unicamente ao lucro. Mas a questão da vulnerabilidade social é crucial já que muitos não podem optar por alimentos de qualidade. Além da dificuldade de acesso aos alimentos de melhor categoria, também falta conscientização sobre os efeitos para a saúde de uma alimentação pouco saudável.
Desta maneira, os dois grandes problemas da alimentação, a fome e a obesidade, se referem ao acesso e à disponibilidade permanente de alimentos saudáveis, de boa qualidade e em quantidade suficiente.
Com a vulnerabilidade social, as famílias de baixa renda optam por produtos mais baratos que muitas vezes representam uma dieta pobre em carboidratos complexos e rica em açúcares simples e gorduras. Como diversos estudos já demonstraram, uma alimentação com poucos nutrientes pode comprometer a saúde e a qualidade de vida.
Para enfrentar este problema, a sociedade deve transformar o modelo agrobusiness para uma agricultura local, sustentável e diversa. O comércio internacional deve ser entendido como um complemento à produção local, não uma ameaça.
Como estratégias, a população deve buscar contatar diretamente com os produtores, obter informações sobre o conteúdo nutricional dos alimentos e buscar preços menores para alimentos mais saudáveis, especialmente para as verduras e as frutas.
Assim, para uma alimentação sustentável, devemos transformar os alimentos nutritivos em escolhas fáceis e acessíveis.
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Fonte: Fome e obesidade: dois fatores sociais decorrentes da insegurança alimentar
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