O desafio do zero absoluto: o que a física ensina às TIC

A busca pelo zero absoluto, essa temperatura limite de –273,15 °C, fascinou gerações de cientistas. Embora a física demonstre que é impossível alcançá-lo na prática, as tentativas de se aproximar dele impulsionaram avanços tecnológicos importantes. Para o campo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), essas pesquisas oferecem lições valiosas sobre inovação, limites técnicos e novas possibilidades no design de hardware.

O zero absoluto e a física da informação

O zero absoluto representa um estado em que as partículas praticamente param de se mover. Em teoria, alcançá-lo permitiria eliminar todo vestígio de desordem em um sistema. Esse princípio se conecta com a noção de entropia na informática, onde o gerenciamento da informação busca reduzir a desordem e otimizar o fluxo de dados. Assim como na física, nas TIC nunca se alcança um “zero absoluto” em segurança ou eficiência, mas a busca constante impulsiona novas arquiteturas de redes e sistemas mais robustos.

Tecnologias criogênicas e seu impacto nas TIC

Os experimentos que trabalham em temperaturas próximas ao zero absoluto permitiram o desenvolvimento de materiais supercondutores, capazes de transmitir eletricidade sem perdas. Essa pesquisa se traduz em aplicações para as TIC, desde servidores energeticamente mais eficientes até redes de transmissão de dados ultrarrápidas. O potencial da computação quântica, que depende de sistemas criogênicos estáveis, é outro exemplo em que a física extrema abre caminhos para o futuro digital.

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O impossível zero absoluto ensina às TIC que os limites inspiram a inovação

Lições de inovação para o setor de TIC

O fracasso em atingir o zero absoluto não é interpretado como um limite inamovível, mas como um catalisador da criatividade. Para os profissionais de TIC, este caso ilustra como os desafios impossíveis inspiram soluções práticas. Assim como a física se reinventa diante de suas fronteiras, as TICs precisam repensar continuamente suas estratégias diante de problemas como segurança cibernética, saturação de dados ou sustentabilidade energética.

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Fonte:
The Conversation