Um estudo realizado na Espanha sugere que consumir muitos alimentos ultraprocessados diariamente pode ser um hábito fatal
O consumo habitual de comida ultraprocessada é um risco para a saúde. Um estudo recente, liderado por espanhóis, revelou que comer estes tipos de alimentos mais de quatro vezes ao dia pode aumentar as probabilidades de morrer de câncer ou de doenças cardiovasculares em 62%.
Neste estudo, os pesquisadores analisaram durante 15 anos a 20 mil voluntários, com idade média de 38 anos, para conhecer os padrões alimentares e estilo de vida. O pesquisador principal do trabalho, Miguel Martínez-González, afirmou para o jornal El Mundo que eles levaram em conta todos os fatores de risco como são o sedentarismo e o tabagismo.
O consumo de alimentos industrializados foi classificado em quatro tipos diferentes: baixo, meio-baixo, meio-alto e alto. Entre os que mostraram um consumo alto de comida ultraprocessada, o índice de massa corporal era também mais alto. Além disso, encontraram maior associação com alguns fatores: tabagismo, história familiar de doenças como o câncer, a diabetes, a hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras.
Além do tabagismo, outro hábito comum associado ao grupo que consumia muita comida ultraprocessada é o de ver muitas horas de televisão e apresentar maior tendência de ser sedentário.
Para considerar o alimento como ultraprocessado, os pesquisadores seguiram a classificação NOVA, que determina a presença de alguns ingredientes (açúcar, amido, azeites vegetais, sal, gorduras trans, proteína hidrolisada, aditivos e sem a presença de um alimento inteiro). Se algum alimento tem mais de cinco ingredientes destes, provavelmente seja considerado ultraprocessado.
O estudo, publicado na revista The British Medical Journal, revela resultados similares a outros realizados na França e nos Estados Unidos, o que fortalece a relação entre os hábitos de vida e o desenvolvimento de doenças, especialmente acompanhados de uma alimentação industrializada.
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Fonte: Comer ultraprocesados cuatro veces al día eleva un 62% el riesgo de muerte
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