Estudo que analisou 41 pesquisas recentes indica que há uma associação de causa entre a alimentação e o risco de desenvolver depressão
O que comemos também pode produzir impacto sobre a nossa saúde mental. Ao menos é o que indica um estudo publicado na revista Molecular Psychiatry, que avaliou 41 pesquisas publicadas nos últimos oito anos. A conclusão é que o consumo de alimentos pouco nutritivos se associou com maior risco de sofrer depressão.
Os estudos analisados foram realizados no Reino Unido, na França, na Espanha, na Austrália e nos Estados, com dados referentes a 31 mil pessoas. Os pesquisadores acreditam que os alimentos processados e com grande quantidade de açúcar poderiam causar inflamação, e consequentemente, o risco de depressão.
A doutora Camille Lassale, pesquisadora da University College Londres, e uma das autoras do estudo, explica que as dietas que levam a inflamação podem provocar uma inflamação crônica ao transportar células inflamatórias ao cérebro. “Também pode afetar as moléculas neurotransmissoras responsáveis pela regulação do estado de ânimo”, afirmou.
Por outro lado, a probabilidade de sofrer com depressão foi menor entre as pessoas que seguiam uma dieta mais saudável composta por muitos vegetais, legumes e cereais.
A doutora Lassale explica que o estudo mostrou, a partir de uma observação em um período longo de tempo, que há um vínculo de causa. Ou seja, no início as pessoas não tinham sinais de depressão, e ao longo do estudo, com uma dieta pobre, viram desenvolver novos casos do transtorno.
Os pesquisadores reconhecem que são necessárias mais provas clínicas, com estudos rigorosos, para poder contar com evidências mais sólidas. Entretanto, acreditam que há provas suficientes para recomendar a dieta saudável como parte integrante da medicina psiquiátrica.
Os profissionais da área de saúde mental deveriam ter em conta a alimentação dos pacientes, como um fator também importante para melhorar o estado de ânimo, indica o estudo.
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Fonte:
Cómo lo que comes puede afectar tu salud mental
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