Uma pequena quantidade de chocolate diariamente poderia melhorar a saúde circulatória das mulheres e de seus bebês.
Alguns chocolates incorporam flavonoides, uma substância de origem vegetal que poderia oferecer benefícios para a saúde das pessoas. Um grupo de pesquisadores realizou um estudo para identificar os benefícios de consumir pequenas doses de chocolate durante a gravidez, e identificaram que este hábito poderia melhorar a saúde circulatória da mãe e do bebê, embora o tipo de chocolate consumido não contenha muitos flavonoides. No entanto, alguns especialistas consideram que outros tipos de nutrientes deveriam ser priorizados.
As mulheres que participaram do estudo consumiram 30 gramas de chocolate diários, quantidade equivalente a um quadradinho do doce. Pelo que parece, consumir uma pequena quantidade de chocolate conseguiria reduzir o risco de preeclampsia, uma doença que pode ser letal em mulheres grávidas e, além disso, melhorar a saúde circulatória do filho antes de nascer.
Os pesquisadores ressaltaram que, embora tenham sido identificados certos benefícios com o consumo de chocolate, o estudo não prova que o consumo de chocolate ofereça uma melhor saúde circulatória para as mulheres e seus bebês.
O Dr. Emmanuel Bujold, professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Laval, na cidade de Quebec, Canadá, autor do estudo, afirmou: “Nossas observações sugerem que um pequeno consumo regular de chocolate amargo, com ou sem um nível alto de flavonoides, no primeiro trimestre da gravidez, poderia conduzir a uma melhoria na função placentária”.
Participaram do estudo 130 mulheres que estavam entre as semanas 11 e 14 de sua gravidez. Elas foram separadas em dois grupos, o primeiro grupo recebeu chocolate com baixo índice de flavonoides e o segundo grupo consumiu chocolate rico em flavonoides.
Sem importar o tipo de chocolate consumido, os pesquisadores observaram melhorias nas medidas de circulação e velocidade sanguíneas, em comparação com a população em geral, de acordo ao que foi assinalado pelos pesquisadores.
Bujold indicou que o chocolate contém, além dos flavonoides, substâncias que poderiam beneficiar a gravidez, mas é necessário realizar mais estudos sobre o tema. O pesquisador recomendou manter um consumo razoável de chocolate durante a gravidez, observando a ingestão calórica.
Em termos práticos, para os consumidores seria difícil identificar se um chocolate tem mais ou menos flavonoides.
A doutora Lona Sandon, professora assistente de nutrição clínica no Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, em Dallas, ressaltou que somente foram ingeridos 30 gramas de chocolate por dia, e advertiu que comer muito chocolate poderia aumentar o peso de uma mulher grávida além do recomendável.
Sandon destacou que seria necessário dar maior atenção a outros nutrientes para garantir o crescimento e desenvolvimento adequados do bebê como o cálcio, o ácido fólico, a proteína e o ferro provenientes de alimentos de qualidade.
Sandon destacou que se poderia consumir chocolate de boa qualidade de vez em quando, mas não é um alimento que ela recomendaria para uma gestação saudável.
Os estudantes de Nutrição da FUNIBER atualizam-se constantemente e pesquisam a respeito dos alimentos que fornecem maiores benefícios para sua saúde.
Fonte:
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Foto Creative Commons: Kirti Poddar