Estudo na França destaca como treinos com cargas excessivas podem causar fadiga neuronal e afetar a forma como tomamos decisões
Um estudo recente indica que os atletas que seguem treinos com cargas muito intensas, como são os triatletas, podem sofrer algumas atividades cerebrais que indiquem sinal de fadiga mental.
Pelo que comentam o estudo, o desgaste ocorreria numa parte do cérebro importante para tomar decisões. Os atletas tomaram decisões mais impulsivas, esperando por recompensas mais imediatas.
O autor do estudo, Mathias Pessiglione, do Hospital da Pitié-Salpêtrière em Paris, “a região pré-frontal lateral que se percebeu afetada pela sobrecarga de treinamento esportivo, exatamente a mesma que já se havia demonstrado vulnerável em estudos anteriores”, disse.
O estudo foi solicitado pelo Instituto Nacional de Esporte, Experiência e Desempenho, na França. O órgão treina os atletas que participam de jogos olímpicos. Alguns atletas demonstraram sinais de “síndrome de sobretreinamento”, na qual o rendimento caiu ao vivenciar uma grande sensação de fadiga.
Os autores destacam que o esporte de resistência pode ser muito bom para a saúde, mas o exagero, como em tudo, pode provocar efeitos contrários. Pessiglione afirma ainda que os resultados chama a atenção sobre os estados neuronais: “não se tomam as mesmas decisões quando o cérebro está fadigado”, destaca.
Os especialistas na área de Esportes podem pesquisar mais sobre tratamentos e estratégias para prevenir a fadiga neural e evitar consequências maléficas para a saúde. A FUNIBER patrocina o Doutorado em Atividade Física e Esporte, um programa de estudos na modalidade a distância.
Fonte: El entrenamiento deportivo excesivo puede agotar el cerebro
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