Confinamento poderá aumentar ainda mais a fome no mundo

Dongyu Qu, Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), salienta sobre os problemas de alimentação que o confinamento pode provocar principalmente nos países em desenvolvimento e a importância de evitar a fome.

Para conter o contágio do COVID-19, sem dúvida, uma das estratégias mais importantes é o confinamento, que em alguns países, como em China, por exemplo, já demonstraram ser efetiva. Porém, este isolamento social em casa gera também um problema grave para muitos países: a fome.

Para muitas pessoas, principalmente em países em desenvolvimento, o confinamento não representa um ataque à despensa de comida como acontece em outras casas, senão que a falta de alimentos durante vários dias.

Uma das razões é o fechamento das escolas que oferecem merenda às crianças. Aproximadamente, 85 milhões de estudantes na América Latina e Caribe ficaram sem estas refeições escolares. A FAO calcula que aproximadamente mais de 820 milhões e pessoas vão dormir com fome.

“Este é um número enorme para lidar, não apenas moralmente, mas também desde uma perspectiva política pública”, afirma QU.

Outra questão que intensifica este problema se refere às dificuldades de abastecimento imediato, já que parte do processo alimentar pode-se ver afetada pela crise provocada pelo COVID-19.

“Não á tempo a perder. Os governos, mesmo priorizando os objetivos de saúde pública, devem fazer algo para garantir as rotas de comércio abertas e as cadeias de suprimento funcionando”, alerta o diretor da FAO.

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Fonte: Coronavirus could worsen hunger in the developing world

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