As pessoas idosas são um grupo populacional particularmente vulnerável em termos de saúde e bem-estar. É fundamental encontrar formas simples e eficazes de melhorar a sua qualidade de vida e promover um envelhecimento saudável.
Estima-se que, em 2050, a nível mundial, 1 em cada 6 pessoas terá mais de 65 anos, em comparação com 1 em cada 11 em 2019. O envelhecimento é acompanhado por um declínio nos níveis de atividade física e mobilidade, causando a deterioração gradual da capacidade física e aumentando o risco de doenças crônicas e um encargo significativo para a saúde e a economia. Neste contexto, o papel da atividade física, como a caminhada, torna-se muito relevante.
A relação entre caminhar e o risco de mortalidade
Um novo estudo realizado na Austrália revelou que caminhar regularmente pode ser a chave para prolongar a longevidade dos adultos mais velhos. Embora os benefícios da atividade física sejam amplamente reconhecidos, existem ainda poucos dados sobre a relação entre caminhar como meio de transporte e o risco de mortalidade nos idosos.
No estudo intitulado “Walking for transport and all-cause mortality: a prospective cohort study of Australian community-dwelling older adults”, os investigadores examinaram a associação entre andar a pé como meio de transporte e a mortalidade por todas as causas em idosos com 70 anos ou mais. O estudo incluiu mais de 11 000 idosos aparentemente saudáveis que comunicaram a frequência com que caminhavam (nunca, raramente/uma vez por semana, mais de uma vez por semana ou todos os dias). A análise teve em conta diversas variáveis, como a idade, o sexo, a educação, o tabagismo e o índice de massa corporal, entre outras.
Os benefícios de andar a pé como meio de transporte na saúde dos adultos mais velhos
Os resultados revelaram que aqueles que caminham em vez de utilizar outros meios de transporte têm um risco 32% menor de mortalidade por todas as causas, em comparação com aqueles que nunca caminham para esse fim, que têm um risco 36% maior de mortalidade por todas as causas.
Caminhar como forma de atividade física na idade avançada ajuda a preservar a independência física e cognitiva, o que previne vários problemas de saúde e promove um envelhecimento saudável. Além disso, ajuda os idosos a atingir níveis mínimos de atividade física, a estabelecer uma maior ligação social e a manter-se ligado aos serviços locais. Isto é especialmente relevante quando os idosos não podem conduzir devido às alterações fisiológicas e cognitivas associadas.
No entanto, é importante considerar as características do ambiente local, tais como passeios seguros, espaços verdes, transportes públicos e serviços locais que satisfaçam as necessidades dos idosos ativos. Um ambiente social propício para caminhar também tem sido associado a mais minutos de caminhada por semana.
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