O tratamento da doença de Parkinson deu um passo inovador com o desenvolvimento de um implante que permite a libertação controlada de fármacos dopaminérgicos, como a levodopa e a carbidopa. Este avanço visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a necessidade de múltiplas doses diárias de medicamentos para tratá-los, um desafio comum nos tratamentos atuais. Num estudo publicado na revista Springer Nature Ling, é explorado como esta tecnologia poderia transformar o tratamento desta doença neurodegenerativa.
A necessidade de soluções inovadoras no tratamento da doença de Parkinson
A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O seu tratamento atual depende principalmente de medicamentos orais, como a levodopa, que devem ser administrados várias vezes ao dia devido à sua curta meia-vida. Este regime pode ser difícil de seguir, especialmente para pacientes idosos ou com dificuldades motoras. Além disso, as flutuações nos níveis plasmáticos do medicamento podem reduzir a sua eficácia e aumentar os efeitos secundários.
Neste contexto, os implantes injetáveis representam uma solução promissora, que se destaca pela sua administração simples e indolor através de pequenas agulhas e um processo de fabrico simples. Estes sistemas permitem uma libertação sustentada do medicamento diretamente no corpo, mantendo níveis plasmáticos constantes e reduzindo a frequência de administração.
O desenvolvimento do implante in situ
O sistema desenvolvido utiliza uma combinação de polímeros biodegradáveis, como o ácido polilático-co-glicólico (PLGA) e o Eudragit L-100, para formar um implante injetável que liberta levodopa e carbidopa de forma controlada durante uma semana. Esta abordagem elimina a necessidade de múltiplas doses diárias, melhorando a adesão ao tratamento.
Os estudos realizados mostraram que o implante liberta 92% da levodopa e 81% da carbidopa num período de sete dias. Além disso, a formulação tem baixa viscosidade, o que facilita a sua injeção através de uma agulha de calibre 22, sem necessidade de procedimentos cirúrgicos complexos. Da mesma forma, estudos de degradação indicaram que o implante se decompõe completamente em 13 dias, confirmando sua natureza biodegradável e segura.
Além disso, a análise mostrou que o implante mantém níveis terapêuticos de levodopa no plasma por mais de cinco dias, com absorção máxima em 24 horas. Esses resultados sugerem que o sistema pode oferecer uma alternativa eficaz e conveniente às formulações orais atuais.

Implicações para o futuro do tratamento da doença de Parkinson
Este avanço destaca o potencial dos implantes in situ para transformar o tratamento da doença de Parkinson. Ao reduzir a carga da dosagem diária e melhorar a adesão ao tratamento, esta tecnologia poderia melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
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