A história de vida de uma professora de inglês como língua estrangeira

Conheça a seguir a história da professora Elisabeth Bekes, húngara que morou na Índia, na Inglaterra, em Creta e agora dá aulas em Cuenca, no Equador

Sem dúvida, umas das competências dos professores de idiomas como segunda língua é possuir uma facilidade para a comunicação intercultural. Esta competência, muitas vezes, se adquire com a vida, com as influências sociais e profissionais de cada um. É comum que muitos professores que trabalham com uma língua estrangeira tenham vivido em diferentes países e aprendido com a diversidade.

Numa entrevista publicada para o site EFL Magazine, podemos conhecer o exemplo da professora de inglês como segunda língua Elisabeth Bekes. A professora narra uma rica experiência de vida em que foi necessário driblar diversos obstáculos para poder ser professora.

Nascida em Budapeste, na Hungria, em 1952, filha de jornalistas, a professora de inglês teve muita influência do cenário pós-Segunda Guerra no país, com um esforço pela construção de um país socialista.

Sua família se mudou para a Índia para um trabalho, em 1963, onde viveu alguns anos entre o país nativo e a nova residência. Ali, desenvolveu o inglês. Já na universidade em Budapeste, relacionou-se com o movimento estudantil e de oposição política.

Ela começou, junto ao marido, a imprimir publicações clandestinas sobre vários aspectos políticos e econômicos, que alcançaram, segundo a professora, muitos leitores. Eles chegaram a imprimir 1.200 cópias caseiras.

Com uma bolsa do George Soros’ Open Society Foundation, ela e o marido foram estudar na Inglaterra. Ela realizou o Mestrado em Cross-Cultural Communication, na Universidade Exeter. Após alguns anos, eles voltaram a Hungria, mas o momento político no país não era oportuno para eles, e não conseguiram trabalhar. Com a ajuda de Primeira Ministra britânica, Margaret Thatcher, ela e sua família conseguiram passaportes consulares e retornaram à Inglaterra.

Bekes chegou a trabalhar para a BBC, como jornalista e produtora sênior. Mas o que queria era ser professora: “Quando você é um professor, você trata a psique de toda uma nação”, afirmou a professora. Ela pediu a aposentaria mais cedo e foi viver em Ilha de Creta, dando aulas voluntárias de inglês para imigrantes de diversos países.

Quando sua filha foi trabalhar em Cuenca, no Equador, eu resolvi mudar-me para estar perto dela, e de sua família. Ela ensinou durante seis meses inglês para membros de uma tribo Achuar na região amazônica, e agora dá aulas voluntárias de inglês para um centro de proteção para crianças em situação de risco. Além do trabalho social, ela faz traduções e interpretações para pesquisadores.

Mas ela não está pensando em ficar ali por muito tempo. Já tem planos para ir a uma escola na Índia, para fazer voluntariado em 2019, junto com a filha.

E os professores que buscam formação com o Mestrado Teaching English as a Foreign Language, patrocinado pela FUNIBER? Também viajaram por diversos países? Como optaram por esta profissão? Conte-nos a sua experiência!

Fonte:INTERVIEW WITH ELISABETH BEKES, EFL TEACHER AND SO MUCH MORE!

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