A irrupção da inteligência artificial transformou irreversivelmente a forma como trabalhamos, aprendemos e fazemos negócios. Um estudo recente publicado na revista Comunicar e disponível no Zenodo propõe um modelo interdisciplinar que integra STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) com humanidades e artes sociais (HAS) para promover a alfabetização em IA no ensino superior. Essa proposta, embora de origem acadêmica, oferece lições de grande valor para o mundo empresarial, onde a inovação responsável é hoje um imperativo estratégico.
Além do técnico: a união de conhecimentos
O relatório destaca que o ensino e o uso da IA não devem se limitar ao âmbito tecnológico. A combinação de conhecimentos científicos com perspectivas éticas e sociais permite gerar soluções mais criativas, inclusivas e sustentáveis. Para as empresas, essa abordagem significa reconhecer que a competitividade não é alcançada apenas com algoritmos e dados, mas com equipes capazes de integrar análise, pensamento crítico e sensibilidade às necessidades da sociedade.
Implicações estratégicas para as organizações
Assim como no ensino superior, esse modelo busca formar profissionais completos, no âmbito empresarial ele visa líderes preparados para tomar decisões em contextos complexos. A IA não é apenas um recurso para automatizar processos, mas um motor para redefinir modelos de negócios, antecipar riscos e construir relações de confiança com clientes e comunidades. Integrar as humanidades na alfabetização tecnológica ajuda a mitigar dilemas éticos, evitar impactos negativos e fortalecer a reputação corporativa.

A resiliência como motor de mudança
A história recente mostra que as empresas mais resilientes são aquelas que souberam se adaptar à disrupção tecnológica sem perder de vista a dimensão humana. Incorporar a interdisciplinaridade na formação de talentos favorece a inovação aberta, impulsiona a criatividade e permite responder com flexibilidade a um mercado cada vez mais incerto. Dessa forma, a alfabetização em IA se torna não apenas uma vantagem competitiva, mas também uma aposta na sustentabilidade empresarial.
Da teoria à ação empresarial
A transição desse modelo acadêmico para o mundo corporativo pode se materializar em programas de formação contínua, parcerias com universidades e projetos de pesquisa aplicada. As empresas que integrarem essa abordagem não apenas potencializarão as competências de suas equipes, mas também liderarão a transformação para um mercado mais ético e responsável no uso da tecnologia.
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Fonte:
Integrating STEM and HAS for AI Literacy: An Interdisciplinary Model for Higher Education