Equipe dinamarquesa, durante as séries de classificação entre as equipes masculinas de ciclismo, usou fita médica na parte dianteira das pernas. Este recurso, usado para a recuperação física, poderia melhorar o rendimento e ir contra as regras do comitê olímpico?
Durante as Olimpíadas em Tóquio, o ciclista inglês Chris Boadman, campeão olímpico em 1992, levantou uma questão que se transformou em polêmica sobre o uso de fitas médicas nos esportistas durante a corrida.
O caso foi percebido na equipe dinamarquesa que conseguiu quebrar o recorde olímpico durante as séries de classificação. Os ciclistas Norman Lasse Hansen, Niklas Larsen, Frederik Madsen e Rasmus Pedersen levavam uma fita médica nas pernas. “Cada ciclista com a mesma lesão em ambas pernas precisando de uma fita médica”, observou Boadman nas redes sociais.
Além da coincidência de que todos os atletas da equipe estejam lesionados, Boadman ainda questiona sobre o lugar da fita médica: “coincidentemente exatamente aonde costuma ser aerodinamicamente vantajoso”.
Em seguida, o comentário feito no Twitter se viralizou, e muitos passaram a questionar se o uso do dispositivo cumpria com as regras dos jogos Olímpicos. O próprio Boardman voltou a publicar para ampliar o debate.
Segundo as regras do Comitê Olímpico Internacional, qualquer elemento não essencial que não seja roupa ou equipamento de proteção está proibido.
Fita médica, uso e efeito
O uso da fita médica, também conhecida como fita terapêutica ou fita kinésio, foi desenvolvida para a reabilitação, a prevenção e o tratamento de lesões corporais. Durante a prática de exercício físico, a fita ajuda na realização de movimentos de uma região prejudicada por uma lesão.
No entanto, faltam estudos sobre os efeitos da fita para o desempenho muscular. Com o caso levantado por Chris Boardman, o debate está agora em saber qual o efeito da fita médica para o rendimento esportivo: poderia provocar uma diferença significativa para um ciclista durante uma competição?
Fontes:
Scandal strikes Olympic cycling after ex-champion spots ‘coincidental’ detail in record run
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