Um estudo realizado com mulheres entre 40 e 70 anos, na Espanha, revela que aquelas que mantiveram atividade física ativa e relações sexuais durante o confinamento mostraram melhor qualidade de vida e resiliência na pandemia, em comparação com as mulheres que tomaram antidepressivo.
Para ser considerada fisicamente ativa, as mulheres deveriam caminhar a bom ritmo 90 minutos semanais, ou correr ou subir em bicicleta ao menos 60 minutos na semana, ou fazer exercícios de pilates, ou prática similar, durante 120 minutos semanais.
O estudo foi publicado na revista Maturitas, da Sociedade Europeia de Menopausa e Andropausa. Os pesquisadores entrevistaram a 2.430 mulheres, entre os dias 30 de abril e 13 de maior de 2020. Entre as mulheres participantes, 89% tinha entre 45 e 64 anos de idade, 59% afirmou ter estudos superiores e 79%, vivia acompanhada.
As respostas das mulheres indicaram que os níveis de qualidade de vida, percebidos por elas mesmas, foram superiores no grupo de mulheres que realizaram atividade física.
Em medida um pouco menor, as mulheres que também eram sexualmente ativas afirmaram ter boa qualidade de vida.
Em níveis mais baixos, as mulheres que tomaram antidepressivos se perceberam com menor qualidade de vida, e também de resiliência. A resiliência se considera a capacidade de superar as situações adversas, como foi o confinamento e atual pandemia.
O doutor Pluvio Coronado, ginecologista que coordenou a equipe de pesquisadores do estudo, afirmou que os resultados do estudo indicam que “a qualidade de vida e a resiliência da mulher no climatério se alteram por motivos mais associados ao estado anímico e à forma de vida que al estado hormonal e à presença da doença por SAR-Cov2”, disse.
No estudo, as mulheres que estavam passando pela menopausa ou deram positivo ao COVID-19, com sintomas leves, não alteraram de maneira significativa os níveis de qualidade de vida ou resiliência.
A FUNIBER promove estudos na área de Atividade Física e Saúde, como o Mestrado em Atividade Física Orientada à Mulher
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