Caratê poderia oferecer melhoria para a qualidade de vida de idosos

Estudo aponta benefícios do treino de caratê adaptado para a força muscular e a autonomia funcional de mulheres entre 60 anos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país com mais pessoas em idade avançada em 2025. O envelhecimento da população brasileira vai exigir medidas que garantam a saúde e a qualidade de vida direcionadas à população idosa, já que com o avanço da idade aparecem diversas doenças.

Um exemplo é a sarcopenia, uma situação vivida por muitas pessoas da terceira idade, que representa a diminuição da força muscular e o aumento da fadiga. Como tratamento primário da sarcopenia, atividades físicas que aumentem a força muscular e a resistência com pesos vêm mostrando eficácia.

Alguns estudos já comprovaram que o treino com judô adaptado trabalha exercícios que desenvolvem o equilíbrio, a densidade óssea e a qualidade de vida de pessoas com idade avançada. Interessados em saber se o caratê também desempenha efeitos positivos, um grupo de pesquisadores brasileiros estudaram 12 mulheres com uma média de 60 anos durante 4 meses. Elas realizaram três sessões por semana de um programa de caratê desenhado para o grupo.

Para avaliar os resultados da prática, foram feitas avaliações de composição corporal, força muscular e autonomia funcional, ou seja, capacidade para realizar atividades da vida diária como são caminhar e levantar-se de uma posição sentada.

O programa de caratê adaptado foi desenhado a partir de recomendações do pesquisador Cláudio Joaquim Borba Pinheiro, e consistiu de:

  • Saudações iniciais
  • Alongamento com exercícios para os grupos musculares
  • Exercícios de coordenação, agilidade, equilíbrio e força muscular
  • Formação técnica básica
  • Formação específica técnica
  • Alongamentos finais com os mesmos grupos musculares trabalhados, mas agora com música relaxante
  • Saudações finais

Resultados positivos

Os valores estadísticos demonstraram eficácia do caratê para aumentar a força muscular das pernas e a autonomia funcional entre o grupo estudado. De acordo com os resultados, melhoraram de maneira significativa os exercícios com os grupos musculares inferiores (pernas e joelhos).

Entretanto, os pesquisadores indicam que seriam necessários mais estudos para contrastar os resultados já que não realizaram um experimento com outros grupos sem a prática de caratê. Os estudantes da FUNIBER na área de Esporte podem aplicar o conhecimento para o planejamento de atividades adaptadas que proporcionem melhor qualidade de vida para a terceira idade.

Fonte: http://fnbr.es/2kz

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