Médicos sofrem ataques nas redes sociais, mostra estudo nos EUA

De acordo com uma pesquisa divulgada na revista JAMA Internal Medicine, que realizou questionários com 464 médicos nos Estados Unidos, quase um quarto (23,3%) afirmou ter sofrido ataques nas redes sociais.

Entre os ataques sofridos, as médicas mulheres foram as principais vítimas (24,2% entre as mulheres e 21,9% entre os homens).

Os ataques ocorrem após os médicos comentarem temas relacionados com a saúde, em grande parte, temas que são polêmicos ou que geram debate público. Segundo a resposta de uma parte dos participantes do estudo, 46 médicos indicaram os temas relacionadas aos ataques:

– Vacinas (10 ataques)

– Armas de fogo (3 ataques)

– Aborto (2 ataques)

– Tabaquismo (2 ataques)

– Outros temas (4 ataques)

Entre as agressões, abusos verbais de ameaça de morte, assédio sexual, ameaça de expor o funcionário no local de trabalho e divulgação de informação de dados pessoais em fóruns públicos. Também agressões racistas e religiosas.

Entre as mulheres, os assédios sexuais são mais frequentes que entre os homens. Algumas afirmaram receber mensagens explícitas e fotografias pornográficas.

Embora o estudo reconheça que a mostra é limitada pelo número de participantes, e pela faixa etária dos entrevistados (39 anos) que é inferior à média dos médicos do Estados Unidos, as evidências nos mostram desafios das redes sociais para informar e criar conhecimento sem violência e incitação ao ódio. Em tempos de infodemia, a participação de profissionais da saúde no debate público requer ainda mais cuidados para uma comunicação efetiva e eficiente.

A FUNIBER promove estudos na área de Saúde e Comunicação, como a Especialização em Comunicação e Marketing Digital em Saúde

Fonte: Encuesta sugiere que el acoso a médicos es común en las redes sociales

Estudo: Prevalence of Personal Attacks and Sexual Harassment of Physicians on Social Media

 

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