Estudo organizado por diversas organizações analisa a situação nutricional na América Latina e o Caribe.
O relatório divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas, Panorama da segurança alimentar e nutricional da América Latina e o Caribe 2020, mostra os problemas de nutrição na região. O estudo ressalta especialmente a questão das desigualdades que variam segundo os territórios.
“As médias nacionais escondem as desigualdades territoriais. Em cada país temos lugares que alcançaram muito bons padrões, e outros onde as condições são mais graves”, afirmou o representante regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Julio Berdegué.
Geralmente, segundo o relatório, estes territórios com má nutrição se referem à zonas rurais com alto nível de pobreza, com presença grande população indígena e afrodescendente. Estes territórios necessitam de investimento, principalmente na agricultura familiar, já que os custos de uma alimentação equilibrada e saudável são elevados.
Segundo o estudo, nos 23 países da região, há 142 territórios, localizados em zonas rurais, com atraso no crescimento infantil, e 141 territórios de 22 países com sobrepeso infantil, localizados mais nas grandes cidades.
O diretor regional do Programa Mundial de Alimentos, Miguel Barreto, afirmou que se necessitam redes de proteção social que aumente o gasto social para benefício dos mais vulneráveis. Principalmente agora, que se viram ainda mais afetados pela pandemia.
De fato, estima-se que milhões de famílias ficaram sem recursos para comprar alimentos nutritivos, o que poderá afetar o desenvolvimento das crianças, especialmente aquelas que se encontram entre os seis meses e 2 anos.
A FUNIBER promove estudos na área de nutrição infantil como o programa universitário o Mestrado em Nutrição Materna e Infantil.
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