Dia Mundial da Alimentação: combater a fome e a desnutrição no mundo

No dia 16 de outubro se celebra o Dia Mundial da Alimentação a favor da garantia de dietas nutritivas e segurança alimentar para todos. Como os nutricionistas podem atuar neste sentido?

A professora Mercedes Briones, da área de Nutrição da FUNIBER, durante seus estudos de licenciatura no Reino Unido, teve conhecimento de casos de desnutrição na Guatemala, e decidiu morar quatro anos no país fazendo voluntariado num orfanato local. Ao conhecer a realidade das 180 crianças do centro, a nutricionista elaborou um menu escolar com alimentos disponíveis na região, e desenvolveu oficinas sobre a educação nutricional e a higiene alimentaria.

A experiência na Guatemala mostrou à professora como os nutricionistas podem colaborar para o desenvolvimento social e trabalhar para diminuir a desnutrição. Apesar do mundo produzir alimentos suficientes para todos, há no mundo aproximadamente 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome. Entre as crianças, estima-se que cerca de 45% das mortes infantis estão relacionadas com a desnutrição.

Para combater a fome e a desnutrição, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estabeleceu o dia 16 de outubro como o Dia Mundial da Alimentação, marco para uma campanha anual a favor da garantia de dietas nutritivas e da segurança alimentar para todos.

Neste ano, a FAO realiza uma campanha que destaca a importância do investimento em segurança alimentar e desenvolvimento rural para frear a migração e combater a fome.

“Devido ao aumento dos conflitos e à instabilidade política, foram obrigadas a fugir de suas casas mais pessoas que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial”, explica a FAO no site dedicado à campanha do Dia Mundial da Alimentação. Eles explicam ainda que a fome, a pobreza e o aumento dos fenômenos meteorológicos extremos contribuíram para o aumento da migração.

Um exemplo é Víctor Alvarado, um produtor de café do município de Unión Cantinil, na Guatemala. Atualmente se esforça por aprender mais sobre os modos de comercialização e sustentabilidade no campo para conseguir maiores ingressos em sua produção. Ele diz que ao contrário dele, muitos de seus familiares se migraram aos Estados Unidos. Ele mesmo passou por esta experiência quando permaneceu dois anos e foi enviado de volta ao seu país.

“Se tivéssemos meios para não migrar a outros países, talvez nos sentiríamos menos dispostos a abandonar a nossas famílias”, disse Víctor. Para pôr fim à fome, a FAO considera importante conseguir segurança alimentar, melhora da nutrição e promoção da agricultura sustentável.

Poderá saber mais sobre a campanha deste ano do Dia Mundial da Alimentação aqui.

Fontes: Opiniões FUNIBER: A nutrição de crianças na América Latina

Día Mundial de la Alimentación, 16 de octubre de 2017

Foto: Todos os direitos reservados

 

Nota: A professora Mercedes Briones forma parte da rede universitária em que colabora FUNIBER.