As atividades físicas nos trazem benefícios a curto e longo prazo, como vêm demonstrando diversas pesquisas científicas. Recentemente, a revista Neurology publicou um artigo que apresenta os resultados de um estudo sobre os efeitos dos exercícios realizados por adultos de meia idade para a saúde cerebral 25 anos depois.
O estudo, realizado por pesquisadores nos Estados Unidos, testou a hipótese de que atividades de ócio que incluíam exercícios físicos entre moderados e vigorosos poderiam proteger a saúde anos depois.
Eles analisaram informação com dados de 1.604 participantes que participaram em uma estudo sobre o risco de aterosclerose. Os participantes tinham em média 53 anos, e dividiram o nível de atividade física em nula, baixa, média ou alta.
Os participantes colaboraram durante 25 anos com informações, durante as provas médicas anuais. Ao final do estudo, os pesquisadores analisaram a presença de lesões ou danos cerebrais através de escâneres.
Os resultados mostraram que quem não realizava exercício com intensidade moderada a vigorosa na meia idade tinha um 47% mais de probabilidades de desenvolver pequenas áreas de danos cerebrais, em comparação com as pessoas que afirmaram realizar atividade física entre moderada a vigorosa.
Como indicam os pesquisadores, estes pequenos danos estão relacionados com doenças como o Alzheimer. A professora de ciência médica da Universidade de Columbia, Dra. Priya Palta, participante do estudo, afirmou que “realizar ao menos uma hora e 15 minutos de exercício de intensidade entre moderada a vigorosa por semana, ou mais, na meia idade, pode ter um importante efeito sobre a saúde do cérebro e preservar a sua estrutura”, afirmou.
O estudo tem limitações por não considerar outras atividades físicas, como laborais, e se baseia nas respostas dos participantes. Porém, apresenta resultados importantes que podem ser ampliados em outros estudos.
A FUNIBER promove estudos na área de Esportes, como o Doutorado em Atividade Física e Esporte.
Fonte: Un estudio relaciona el ejercicio físico en la mediana edad con mejor salud cerebral en la vejez
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