Um estudo publicado na revista Research & Therapy Alzheimer, em janeiro passado, mostra que o conhecimento de várias línguas pode agir contra a demência.
O projeto demonstra que o bilinguismo atua como um fator de reserva cognitiva contra a demência
Isso é deduzido dos dados que indicaram que “embora os bilíngues doentes apresentem maior atrofia cerebral, o nível cognitivo entre bilíngues e monolíngues é o mesmo”, explicaram os autores do projeto.
O estudo foi conduzido na Espanha por pesquisadores do Producción del Habla y Bilingüismo do Centro de Cognición y Cerebro de la Universidad Pompeu Fabra em Barcelona e o grupo de pesquisa em Neuropsicologia e Neuroimagem Funcional da Universidad Jaume I de Castellón.
Cem pessoas com comprometimento cognitivo leve, com conhecimento em um ou vários idiomas e com idade média entre 73 anos colaboraram na investigação.
“As pessoas que usam alternadamente o valenciano e o espanhol independentemente do registro foram consideradas bilíngues e monolíngues (ou bilíngues passivos) aqueles que, embora conheçam, entendam e possam usar o valenciano a tempo, não o usam de maneira intercambiável”, afirmou a agência de notícias espanhola Europa Press.
Embora no início do estudo, ambos os grupos de pacientes apresentassem os mesmos níveis de comprometimento cognitivo, “no caso dos bilíngues, a atrofia cerebral era maior do que no caso dos monolíngues”, alertaram os pesquisadores.
Após sete meses de acompanhamento, descobriu-se que o grupo bilíngue havia tido uma menor perda de volume cerebral e também conseguiu manter melhor suas habilidades cognitivas.
Os resultados são otimistas, já que “seria a primeira evidência longitudinal desse possível efeito protetor do bilinguismo contra a demência”, disse um pesquisador do estudo.
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Fonte: El bilingüismo actúa contra la demencia.
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