Um estudo preparado pela Universidade do Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos, mostra que a maioria dos pacientes que sofrem de demência não recebe diagnóstico e atendimento especializados.
Isso se deve ao fato de esses pacientes serem tratados por médicos não especialistas, geralmente um médico de atenção primária, o que resulta em diagnósticos incompletos e imprecisos.
Para desenvolver este estudo, os pesquisadores usaram dados coletados pelo site Medicare, um programa federal de cobertura de saúde para pessoas acima de 65 anos. No total, estudaram quase um quarto de milhão de pessoas durante um período de cinco anos.
O estudo «Análise longitudinal do diagnóstico de demência e atendimento especializado entre beneficiários do Medicare racialmente diversos», publicado no início de setembro, mostrou que 85% dos pacientes com demência receberam o diagnóstico por um médico de atenção primária, especificamente os campos da neurologia, psiquiatria, neuropsiquiatria e geriatria.
“Os especialistas em demência estão mais familiarizados com os subtipos de demência e podem ser menos propensos, por exemplo, a diagnosticar mal a doença de Alzheimer e prescrever erroneamente medicamentos antipsicóticos aos pacientes”, disse Julie Zissimopoulos, coautora do estudo e diretora do programa Aging and Cognition, da USC.
Os pesquisadores também descobriram que, um ano após o diagnóstico, menos de um quarto dos pacientes foi a um especialista para tratar sua doença. O número aumentou para 36% após cinco anos de diagnóstico.
Além disso, as consultas especializadas têm um viés negativo na população hispânica e asiática. Cerca de 37% dos hispânicos e 40% dos asiáticos com diagnóstico inicial de demência não receberam acompanhamento durante o primeiro ano após a detecção.
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Fonte: La mayoría de los pacientes con demencia no reciben diagnóstico y atención especializados.
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