Um estudo sobre “Trabalhos e pessoas idosas no Chile” revelou que 48% das pessoas entre 55 e 74 anos trabalham. Os resultados do estudo buscam conhecer a realidade laboral das pessoas idosas no país
O estudo tomou como amostra 1.978 pessoas entre 55 e 74 anos e foi realizado pelo Centro UC de Estudos sobre a Velhice e do Envelhecimento da Universidad Católica de Chile, a Corporação de capacitação da Cámara de Comercio “OTIC del Comercio, Servicios y Turismo” e o Servicio Nacional de Capacitación y Empleo SENCE.
Durante os questionários na realização do relatório, foram abordados temas como políticas de aposentadoria, capacitação e reconversão laboral, assim como sobre a imagem dos empregadores sobre a velhice em relação às possibilidades de inclusão profissional.
Os resultados mostraram que entre os 55 e 59 anos, 67% trabalha, havendo mais de 30 pontos percentuais entre homens (85% trabalham) e mulheres (51% trabalham).
Em relação à aposentadoria, a análise revela que a média de idade para se aposentar é de 62 anos. Além disso, a taxa de participação profissional dos homens é reduzida em 50% entre 65 e 69 anos, e cerca de 30% entre 70 e 74 anos. Enquanto que nas mulheres, a redução na participação profissional é produzida na mesma proporção que os homens, mas entre 60 e 64 anos em relação ao escopo entre 65 e 69 anos, e no escopo entre 65 e 69 em relação do de 70 e 74 anos.
Em relação à qualidade da vida associada ao emprego, é evidenciado que a maioria da população da amostra trabalha próximo à sua casa. Só 14% dos empregados trabalham em sua casa, cerca de 72% demora uma hora ou menos para chegar ao trabalho e só 14% demora mais de uma hora.
Neste ponto, o professor da faculdade de Ciências Sociais e diretor do CEVE, Eduardo Valenzuela, destacou que “é necessário flexibilizar o mercado profissional para melhorar a situação dos idosos”. Devem ser geradas políticas públicas e é o que busca impulsionar este estudo do um foco de direitos, orientado à criação de medidas que melhorem a inclusão laboral destas pessoas.
Atualmente, 16,2% dos chilenos têm 60 anos ou mais, segundo o último censo nacional. Nesta linha, estima-se que para o ano de 2035 cerca de 25% da população será idosa e, portanto, o estudo busca prevalência para implementar políticas de inclusão laboral.
Sobre a interpretação de resultados após as entrevistas com empregadores (gerentes de RH ou encarregados da área) é possível concluir que a presença de pessoas idosas nas empresas é muito pequena, tanto globalmente, o Chile tem altos números de participação ativa de idosos. Vale mencionar que 17,3% dos idosos se encontram trabalhando, número que supera a média dos países da OECD que chega nos 14,4%.
É indispensável que cada país garanta direitos e inclusão laboral neste setor da população e, por isto, o Mestrado em Gerontologia patrocinado pela FUNIBER é uma opção de formação ideal para aquelas pessoas que desejem ampliar seus conhecimentos no campo da atenção social, cultural e jurídica dos idosos.
Fonte: Primer estudio nacional sobre inclusión laboral en la vejez fue presentado en la UC
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