A margem dos anos e os estereótipos, estudo americano afirma que a tendência do novo bem-estar, sem barreiras geracionais está aumentando na sociedade moderna
O relatório 10 tendências Globais para 2017 publicado pela multinacional de pesquisas de mercado Euromonitor International, introduz o termo “economia da longevidade” com a finalidade de desprender de negatividade ao conceito de “idoso”.
Esta pesquisa afirma que atualmente não existe diferença entre as compras que realizam os idosos e os jovens, este fenômeno revela que os limites das gerações estão diminuindo e que os hábitos de compra cada vez são mais parecidos. Isso se deve porque todas as gerações gostam de “viver bem”. Portanto, é mais comum que os adultos realizem compras ou atividades sem se importarem com as etiquetas de idade; cada vez silenciam mais frases como “coisas de pessoas da sua idade”.
Nesse caminho, a jornalista Shane Watson cunhou o termo “midorexia” para descrever “a crença de que não apenas podemos ser mais atraentes, mas na verdade, de fato, a idade nos transforma em pessoas ainda mais sedutoras e seria um crime não aproveitarmos ao máximo disso, antes que seja tarde”.
Desta maneira, foi desmitificado o culto pela juventude e foi diminuindo as barreiras da idade, com relação a beleza, moda, saúde, esporte, etc. O cientista Darío Pescador afirma que “a degradação física obedece mais a fatores ambientais e a hábitos de vida do que ao envelhecimento real”.
Pescador é autor do livro Operação Transformer onde explica que por meio da técnica do biohacking (gestão da própria biologia por meio de técnicas médicas, nutricionais e eletrônicas) todos podem estar em uma forma física invejável, de qualquer idade. “É por isso que não existem esportes para jovens ou para velhos” afirma o pesquisador.
Nesse sentido, os usuários atuais, demandam produtos, serviços e marcas à margem da idade que tenham. Pilar Rodríguez presidenta de Fundação Pilares, organização que defende a igualdade e dignidade da vida humana, ressalta que “a aposentadoria já não produz velhos, mas pessoas em plena forma física, ávida de novas experiências”.
Os especialistas da área de Gerontologia que patrocina a FUNIBER encontram-se atento para este ou outros tipos de opiniões que fortaleçam a percepção positiva da idade adulta, sem as etiquetar ou as colocar em estereótipos negativos.
Fonte: No, los 40 no son los nuevos 30: lo que ocurre es que la edad es un concepto obsoleto
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