Estudo recente do CONICET descobre propriedades na bactéria probiótica Bacillus subtilis que retarda o envelhecimento e prolonga a vida humana a mais de 120 anos com a vitalidade de uma pessoa de 50
A Universidade Nacional de Rosário (UNR) e o Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) (Argentina) realizaram um estudo no qual demonstram mais efeitos saudáveis da Bacillus subtilis no ser humano. Além de regular o sistema imunológico, esta bactéria pode retardar o envelhecimento, prolongar a vida e mantê-la vital, através da colonização do intestino.
Até hoje, sabia-se que esta bactéria produzia um efeito benéfico sobre a imunidade inata, ou seja, células e mecanismos que defendem o indivíduo de infecções não específicas. Isto significa que protege contra as causas de morte mais comuns: doenças e o envelhecimento de células, tecidos e órgãos, como as infecciosas, neurodegenerativas e, inclusive, o câncer.
A descoberta
Os probióticos são micróbios vivos não patogênicos que, ao ser ingeridos em quantidade adequada, conferem benefícios à bactéria. As espécies esporuladas que foram mais estudadas são a Bacillus subtilis, Bacillus clausii, Bacillus cereus, Bacillus Coagulans e Bacillus licheniformis.
Para este estudo, os pesquisadores provaram os efeitos da Bacillus subtilis em um verme, o nematódeo Caenorhabditis elegans, que possui vias regulatórias do envelhecimento similares às dos seres humanos.
Esta bactéria tem a particularidade de formar esporos (células em repouso altamente resistentes) que germinam quando chegam ao intestino e dão origem à bactéria ativa que forma um biofilme sobre a mucosa intestinal, responsável por um aumento da imunidade inata do hospedeiro, neuroproteção e aumento da longevidade.
“Comprovamos que este probiótico também é capaz de prolongar a vida. De uma expectativa de vida média em âmbito mundial de 80 anos, poderia passar-se a uma de 120 anos de forma saudável”, afirma Roberto Grau, diretor do estudo.
Os pesquisadores do Laboratório de Microbiologia da Faculdade de Ciências Bioquímicas da UNR, onde se realizou a pesquisa, afirmam que há alguns antecedentes de que o consumo de certos alimentos que contêm este probiótico tem um efeito benéfico em prolongar a vida. O primeiro foi de 1903, realizado nas populações de Los Cáucasos, onde a expectativa de vida era de 45 anos, mas havia pessoas que viviam mais de 100. Uma pesquisa relacionou a causa ao consumo de um leite fermentado.
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Fonte: The effect of probiotics as a treatment for constipation in elderly people: A systematic review
Hallan bacteria que prolonga la vida
Estudo: Microbial flora, probiotics, Bacillus subtilis and the search for a long and healthy human longevity