Estudo identifica pontos de melhoria nos programas de cuidados paliativos e a relação com os cuidadores
Os programas de cuidados paliativos foram estabelecidos para dar uma melhor qualidade de vida para as pessoas que foram diagnosticadas com doenças terminais. A pesquisa publicada na elsevier.es indica que são analisados diversos estudos sobre os cuidados que se aplicam às pessoas que já não podem ser curadas. Os especialistas definem os cuidados paliativos como uma especialidade interdisciplinar orientada para aliviar o sofrimento e para melhorar a qualidade de atenção aos pacientes e suas famílias.
Nestes estudos leva-se em conta que o paciente e sua família são considerados “a unidade a ser tratada”, e não é considerada apenas a atenção direta ao paciente, portanto, é necessário obter uma compreensão clara daqueles fatores de atenção que devem ser observados.
Para determinar a avaliação que têm os pacientes da atenção que é fornecida, foi aplicada uma pesquisa de satisfação, procurando identificar os pontos insatisfatórios do serviço fornecido pelos cuidadores.
As pesquisas realizadas centram-se em questões relacionadas à relação e situação familiar, controle de sintomas, suporte emocional, informação, eficácia da comunicação, acesso à equipe assistencial, resolução de assuntos pendentes e a avaliação global da atenção recebida.
O resultado da pesquisa apontou que são as mulheres com idade entre 45 e 55 anos, quem geralmente assume o cuidado dos pacientes em um lar. Na maioria de casos quem assume o papel de cuidador tem uma relação de filho ou filha com o paciente, e em segundo lugar assume essa função o cônjuge do paciente.
As pesquisas revelaram que os aspectos mais avaliados estão relacionados a temas como: o controle da dor, o alívio de sintomas, qualidade de vida do doente, o cuidado dos problemas emocionais do paciente, informação sobre a doença e sua evolução, informação sobre os tratamentos, conselhos para aplicar no cuidado do paciente, amabilidade no tratamento, a acessibilidade às equipes, a assistência psicológica aos familiares antes da morte, ajuda para resolver temas pendentes de ordem legal, o contato com os familiares após a morte do paciente e uma avaliação global.
Os familiares de pacientes que participaram de um programa de cuidados paliativos disseram que se sentiam mais seguros do que fazer após a morte do paciente, além de obter uma maior satisfação, menos preocupações e um menor número de necessidades insatisfeitas, em comparação com as pessoas que não receberam assistência do programa.
Mediante a aplicação de pesquisas foi possível identificar que os aspectos com a avaliação mais pobre por parte dos familiares dos pacientes foram: o controle de sintomas, a falta de ajuda psicológica depois do falecimento, a preparação para a morte, o contato com especialistas depois da morte e a ajuda durante o luto.
A avaliação da qualidade dos serviços de cuidados paliativos é especialmente difícil, por isso a aplicação de pesquisas de satisfação é necessária.
Os pesquisadores identificaram que a amabilidade no tratamento é o melhor aspecto e mais avaliado pelos pacientes e seus cuidadores, sendo necessário ter especial cuidado neste aspecto.
O controle de sintomas é um aspecto muito avaliado, mas se deve levar em conta que entre os pacientes que sofrem de doenças terminais a sintomatologia costuma ser plural e normalmente muda com o tempo, portanto, é necessário trabalhar para desenvolver protocolos que permitam melhorar o serviço que é fornecido.
O apoio psicológico e a preparação para a morte também são aspectos que devem ser considerados como parte do serviço que é fornecido aos familiares para melhorar o processo de acompanhamento, tanto durante a doença, como depois da morte do paciente, para reduzir o nível de sofrimento que os familiares enfrentam após a morte de um ente querido.
Os pesquisadores recomendaram desenvolver uma pesquisa, cujo uso poderia ser validado e ao se utilizar desta ferramenta poderiam ser obtidos resultados homogêneos no momento de avaliar o nível de satisfação dos cuidadores.
Os estudantes da área de Gerontologia da FUNIBER procuram otimizar seus serviços para fornecer um melhor serviço aos seus pacientes sempre.
Fonte: Elsevier
Foto: Scott McLeod