Um estudo clínico realizado por pesquisadores espanhóis com pacientes com COVID-19 analisam os benefícios dos probióticos para uma recuperação mais rápida, e menor sequelas.
Como se sabe por estudos anteriores, os probióticos têm a capacidade de restaurar a microbiota do corpo e fortalecer o sistema imunitário. Assim, uma das estratégias mais importantes é pensar no cuidado deste sistema frente aos patógenos.
Segundo a pesquisadora Dulcenombre Gómez Garre, da equipe que trabalha nestes estudos, as complicações derivadas do contágio pelo COVID-19 tendem a ocorrer com mais frequência em pacientes com um maior estado inflamatório e uma má resposta imune, ambos casos estão relacionados com a microbiota intestinal.
“Há muito tempo sabemos que algumas bactérias probióticas como Lactobacillus ou Bifidobacterium podem modular a resposta imune através de vários mecanismos inibindo a produção de citosinas pró inflamatórias e ou sintetizando citosinas anti-inflamatórias, eliminando linfócitos T inflamatórios ou estimulando a produção de macrófagos”, afirmou.
“Algumas ceptas de Lactobacillus casei, Lactobacillus plantatum y Lactobacillus fermentum produzem também metabolitos bacterianos que atacam a glicoproteína espicular de outros coronavírus, evitando sua transmissão”, explica ainda.
Por enquanto participam do estudo clínico 60 pacientes de hospitais espanhóis que vão receber dois preparados comerciais de probióticos e prebióticos para que possam ser acompanhados neste estudo. Ambos probióticos foram preparados pela empresa Cantabria Labs, que financia a pesquisa.
Embora ainda não haja conclusões de estudos clínicos, a pesquisadora conta que a Comissão de Saúde da China recomendou apoio nutricional de prebióticos e probióticos, através do Guia de Tratamento de pacientes graves com COVID-19.
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Fonte: DIARIO MÉDICO
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