Pesquisadores analisam a influência de produtos químicos como os parabenos e o bisfenol A para o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Estudo encontra relação, mas ressaltam importância de mais pesquisas.
Um estudo, publicado na revista Environmental Research, analisou o risco de desenvolver a diabetes tipo 2 associando aos contaminantes ambientais não persistentes, como são chamados os produtos químicos usados amplamente.
Por exemplo, os parabenos, muito usados em cosméticos como shampoo, cremes de barbear, entre outros.
No estudo, além dos parabenos, os pesquisadores encontraram concentrações de dois tipos de benzofenonas e de bisfenol A(BPA) nas mostras de soro coletadas. Para contrastar, foram realizados questionários com os participantes sobre fatores sociodemográficos, dietéticos e de estilo de vida.
Os dados foram analisados a partir de informações coletadas ao longo de 23 anos. Neste conjunto de dados, diagnosticaram 182 novos casos de diabetes tipo 2. Na mostra, o metilparabeno foi o contaminante mais frequente encontrado, presente em 88,4% das mostras.
Nas mostras com maiores concentrações de propilparabeno, entre 0,53 e 9,26ng/ml, estatisticamente foram maiores os riscos de desenvolver a diabetes tipo 2.
Os pesquisadores destacam também que a concentração destes químicos foram maiores em mulheres, em comparação com os homens.
Embora o estudo aponte para esta relação, os pesquisadores alertam que os resultados devem ser vistos com cautela, já que outros fatores podem ter interferido. Seriam necessárias mais pesquisas para analisar melhor a influência destes produtos químicos como fatores de risco para a diabetes tipo 2.
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Fonte: Exposición a contaminantes ambientales no persistentes y riesgo de diabetes tipo 2
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