É necessário fortalecer a legislação sobre a promoção de substitutos do leite materno

Organizações divulgam estudo sobre a promoção do leite materno e o marketing de produtos substitutos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações para a Infância (UNICEF) e a Rede Internacional de Ação sobre Alimentos para Bebês (IBFAN) publicaram um estudo que ressalta a necessidade de melhorar a informação sobre o leite materno e seus substitutos.

As instituições destacaram que o leite materno é capaz de salvar a vida das crianças por fornecer anticorpos que protegem contra doenças na infância.

Porém, o marketing agressivo sobre produtos que funcionam como alternativas ao leite para a alimentação dos bebês vem prejudicando as informações oferecidas às mães. Um exemplo é o que está acontecendo agora, durante a pandemia da COVID-19, quando estudos mostram que o vírus, no caso de mães infectadas, parece não ser transmitido através da amamentação ou do leite materno. Pelo contrário, os benefícios de oferecer o leite são maiores e não é mais seguro, neste caso, a dar leite infantil em pó como substituto.

O estudo destaca também o aparato legal que conta os países para regular o marketing destes produtos. Segundo afirmam, dos 194 países analisados, 136 contam com medidas legais relacionadas ao Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno.

“O marketing agressivo de substitutos do leite materno, especialmente por meio de profissionais de saúde em que os pais confiam para aconselhamento nutricional e de saúde, é uma grande barreira para melhorar a saúde de recém-nascidos e crianças em todo o mundo”, disse Francesco Branca, diretor do Departamento de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS.

Ele afirma que “os sistemas de saúde devem agir para aumentar a confiança dos pais no aleitamento materno”.

A recomendação é que os bebês se alimentem apenas com leite materno, durante os primeiros 6 meses de vida. Depois, devem continuar a amamentar junto com outros alimentos nutritivos, até os 2 anos ou mais.

Atualmente, estima-se que apenas 41% das crianças de 0 a 6 meses são amamentadas exclusivamente. O objetivo da OMS é aumentar esta taxa até 50%, até o ano 2025.

A FUNIBER começou a promover recentemente o Mestrado em Nutrição Materna e Infantil,  que tem como objetivo a formação de profissionais capacitados para os cuidados da saúde infantil a partir de uma nutrição saudável.

Fonte:

Países estão falhando em impedir comercialização prejudicial de substitutos do leite materno

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