Publicação da OMS mostra benefícios da dieta nórdica para a saúde e intervenções dos governos para uma cultura alimentar que seja saudável e sustentável
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou recentemente um relatório em que ressalta os benefícios da dieta escandinava e mediterrânea para a saúde. Um dos objetivos principais do estudo foi conhecer os tipos de programas implementados na Europa e as evidências das dietas para reduzir as chamadas ‘doenças não transmissíveis’, que muitas vezes podem ser prevenidas com hábitos de vida saudáveis.
De maneira geral, já se conhecem os benefícios da dieta mediterrânea para uma vida saudável. Mas recentemente, a dieta nórdica também vem sendo destacada por diminuir os riscos de doenças crônicas e não apresentar problemas de obesidade entre a população.
Alguns pesquisadores da Universidade do Leste da Finlândia, nos anos 80, desenvolveram uma pirâmide alimentar do mar Báltico que propõe uma dieta com verduras, legumes, sementes, grãos inteiros, nozes, peixes, frutos do mar, frutas vermelhas e canola.
De acordo com esta pirâmide, pode-se comer com moderação ovos, queijo, iogurte e carne de caça. E excepcionalmente, o consumo de carne vermelha. E na ponta da pirâmide, deve-se evitar o consumo de açúcar e alimentos processados.
Em 2004, um grupo liderado por chefs nórdicos assinaram um Manifesto para uma Nova Dieta Nórdica que deveria seguir quatro princípios fundamentais que são a saúde, o potencial gastronômico, a sustentabilidade e a identidade nórdica.
O manifesto vem sendo cada vez mais incorporado pelo governos regionais e, consequentemente, vem chamado a atenção de todo o mundo. Adotando o manifesto, o Ministério de Alimentos, Agricultura e Pesca da Dinamarca, elaborou um guia para a promoção de hábitos saudáveis e recomendações de dieta:
- Comer mais frutas e verduras todos os dias
- Comer mais grãos inteiros
- Comer mais comida de mares e lagos
- Comer carne de alta qualidade, em pouca quantidade
- Comer mais comida considerados “selvagens”
- Consumir alimentos orgânicos, sempre que possível
- Evitar comer aditivos alimentares
- Comer mais alimentos da estação
- Comer alimentos cozinhados em casa
- Produzir menos resíduos
Segundo o estudo da OMS, “os países Nórdicos (Dinamarca, Groelândia, Finlândia, Noruega e Suécia) vêm adotando um trabalho colaborativo regional para melhorar a dieta, reduzir a produção e o consumo que causem impactos ambientais, melhorar a intervenção sustentável e facilitar o cumprimento das Metas para o Desenvolvimento Sustentável”.
Os profissionais que trabalham com a saúde, devem ter em conta os benefícios dos alimentos para proteger contra as doenças. A FUNIBER patrocina o Mestrado Internacional em Nutrição e Dietética para uma formação profissional de qualidade.
Fonte:
Según la OMS la dieta nórdica sería la nueva “competidora” de la mediterránea
O que é a dieta nórdica, que pode fazer bem à saúde e é recomendada pela OMS
Estudo: HEALTH EVIDENCE NETWORK SYNTHESIS REPORT 58
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