Pesquisadores identificaram que a melatonina ajudou a restaurar funções celulares afetadas pelo Parkinson em peixes-zebra
A pesquisa desenvolvida por cientistas da Universidade de Granada, ao realizar estudos com peixes-zebras, demonstrou que a melatonina poderia ajudar no processo de recuperação da habilidade de pessoas que padecem de Parkinson ao fazer movimentos complexos e coordenados.
Os pesquisadores indicaram que os cérebros dos peixes-zebra possuem os mesmos genes que o dos humanos e têm uma “via dopaminérgica” muito bem caracterizada. Portanto, os genes alterados pelo Parkinson são os mesmos, e foi demonstrado que a evolução da doença tanto em animais como em humanos é a mesma.
O estudo analisou em detalhes o processo de morte neuronal dopaminérgica, neuroinflamação e dano mitocondrial, que são considerados as três principais alterações fisiopatológicas do Parkinson. Este processo foi estudado nos peixes-zebra, desde a obtenção dos ovos até os cinco dias de vida, identificando que a evolução da doença é similar tanto em animais como em humanos.
Os peixes que foram submetidos ao tratamento com melatonina foram capazes de recuperar a função dopaminérgica normal; verificou-se também que os embriões conseguiam recuperar-se do dano mitocondrial. O estudo indica que a melatonina atua normalizando a expressão de uma série de genes que regulam a mitocôndria e quando se apresenta o mal de Parkinson esses genes “estão alterados e sua expressão é inibida”.
O diretor do estudo, Doutor Darío Cunha, indica que os resultados do estudo reforçam a ideia de que a melatonina é importante para tratar o mal de Parkinson, porque “quando um paciente chega na consulta com esta doença, já houve um dano dopaminérgico importante”, destacou o especialista.
Os pesquisadores ressaltaram que para conseguir resultados neste estudo foi muito importante o apoio da Junta de Andaluzia, entidade que proporcionou apoio econômico para adquirir um equipamento de respiração mitocondrial Seahorse, que foi de grande importância para aplicar as medidas realizadas nos animais.
Os estudantes do Mestrado de Saúde e Nutrição da FUNIBER se mantêm informados sobre os avanços nas pesquisas sobre Parkinson para proporcionar recomendações que permitam melhorar a qualidade de vida de seus pacientes.
Fonte: Redacción Médica
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