Dieta vegetariana de adventistas poderia influenciar em sua longevidade

Estudo revela que a dieta vegetariana poderia reduzir o risco de mortalidade, principalmente em homens

Um estudo publicado no JAMA Network indica que adotar uma dieta vegetariana poderia reduzir a mortalidade das pessoas. A pesquisa foi realizada levantando dados de 96469 homens e mulheres adventistas entre o ano 2002 e 2007, conseguindo-se finalizar o estudo com informações de mais de 73 mil participantes. Os resultados mostraram que “as dietas vegetarianas associam-se a uma menor mortalidade global e a certas diminuições da mortalidade por causas específicas”, de acordo com o publicado no JAMA Network.

O Dr Michael J. Orlich, autor do estudo “Vegetarian Dietary Patterns and Mortality in Adventist Health Study 2”, indica em um vídeo que a primeira versão deste estudo revelou que havia uma associação entre a dieta vegetariana e a redução do risco de morte. Entretanto, um estudo realizado no Reino Unido mostrou que não havia relação entre a dieta vegetariana e o risco de morte, e por essa razão foi realizada uma segunda versão do estudo com a participação de mais de 96 mil pessoas. Foram estudados os padrões de dietas de não vegetarianos, semivegetarianos, ictovegetarianos, ovolactovegetarianos e veganos.

Nos Estados Unidos, uma de cada três pessoas sofre de sobrepeso, entretanto em Loma Linda, uma comunidade adventista, encontra-se uma grande proporção de pessoas idosas. A amostra tomada no estudo considera uma população de adventistas que, em sua maioria, é vegetariana, não consome bebidas com cafeína, não fuma, não toma álcool, não consome carne. Deve-se considerar o estilo de vida dos adventistas ao realizar a comparação com outros vegetarianos.

Houve 2570 mortes durante o tempo de acompanhamento do estudo, de 5,79 anos. A taxa de mortalidade foi de 6,05 mortos para cada mil pessoas. O Quociente de Riscos instantâneos ajustado para a mortalidade de todos os vegetarianos combinados em comparação com os não vegetarianos foi de 0,88; entre os veganos foi de 0,85; entre os ovolactovegetarianos foi de 0,91; entre os ictovegetarianos 0,81 e entre os semivegetarianos de 0,92, ao realizar a mesma comparação.

Os pesquisadores identificaram “associações significativas entre as dietas vegetarianas e a mortalidade por causas cardiovasculares, mortalidade sem relação com causas cardiovasculares nem oncológicas, mortalidade por causas renais e mortalidade por causas endócrinas. As associações em homens foram mais acentuadas e também significativas, com maior frequência que entre as mulheres”.

Os estudantes do  Mestrado em Nutrição e Dietética Vegetariana da FUNIBER  estudam dietas que permitem melhorar a alimentação de seus pacientes.

 

Fonte: JAMA

Foto CC: avrene