Suspeita-se que o mercúrio poderia causar obesidade em crianças.
Um estudo realizado pela Universidad de Creta, na Grécia, demonstrou que quando uma mulher grávida consome peixe mais de três vezes por semana, aumenta o risco de que seus filhos sofram de obesidade. As crianças nascidas de mães que consumiram peixes em abundância estiveram mais propensas a crescer rapidamente entre o nascimento e os dois anos de idade. Além disso, as crianças tiveram maior risco de sofrer de obesidade entre 4 e 6 anos de idade. Os pesquisadores ressaltaram que o efeito observado foi mais acentuado entre as meninas.
Os autores do estudo indicaram que, embora não tenha sido apresentada uma causa, a suspeita é que os poluentes orgânicos do peixe poderiam alterar os hormônios do corpo e causar o aumento do peso corporal. Mas se deve ressaltar que os dados apresentados pelo o estudo não permitiram identificar detalhes específicos, como o tipo de peixe consumido, o tipo de cozimento ou a procedência.
Os pesquisadores destacaram que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) e a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos recomendam que as mulheres grávidas e aquelas que planejam engravidar, a limitar o consumo de peixe para menos de três porções por semana para evitar a ingestão excessiva de toxinas.
Erin Keane, nutricionista e trabalha nesta função no Hospital Lenox Hill, na cidade de Nova Iorque, destacou que as mulheres grávidas deveriam comer menos de 340 gramas de peixe por semana, mas considerando espécies cujo conteúdo de mercúrio não seja elevado, como o salmão, o badejo ou o camarão. A especialista também ressaltou que não se deve consumir mais de 170 gramas por semana de espécies contaminadas com mercúrio, como é o caso do peixe-espada, a cavala real ou o peixe branco. Erin também disse que as mulheres que têm dúvidas sobre o teor de mercúrio que podem conter nos peixes, devem limitar o consumo desses animais procurando comer menos de 170 gramas por semana.
Os estudantes da área de Nutrição da FUNIBER pesquisam para fornecer as melhores recomendações sobre alimentação a seus pacientes.
Fonte: http://fnbr.es/2g4
Foto Creative Commons: Marcin Chady