Um novo estudo revela que o consumo de chocolate ao leite ou chocolate preto poderia ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas ou de acidente vascular cerebral. De acordo com a pesquisa, pessoas que comiam 99 gramas de chocolate ao dia pareciam favorecer a saúde do coração. A maioria das pessoas que participaram do estudo consumiu chocolate ao leite, que normalmente é considerado menos saudável que o chocolate preto.
Os pesquisadores responsáveis pelo estudo indicaram que o chocolate contém grandes quantidades de flavonoides, substâncias que aparentemente têm propriedades anti-inflamatórias. Nas pesquisas anteriores, identificou-se que o chocolate preto contribuía para a saúde das pessoas, no entanto, este estudo sugere que os benefícios podem ser obtidos consumindo qualquer tipo de chocolate.
O Dr. Phyo Myint, catedrático de medicina geriátrica, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, afirmou que não foram identificados efeitos nocivos no consumo de chocolate, sempre e quando consumido com moderação.
O estudo principal obteve dados de quase 21 mil adultos que participaram desta pesquisa de saúde de longo prazo, com um acompanhamento de doze anos. Durante o tempo que durou o estudo, 14% dos participantes desenvolveram alguma doença cardíaca ou sofreram algum acidente vascular cerebral (AVC). Também se identificou que as pessoas que comiam maior quantidade de chocolate tinham um risco 14% menor de desenvolver doenças cardíacas e 23% menor de sofrer um AVC.
Depois de concluir a pesquisa, os resultados foram somados a outros nove estudos que mediram os efeitos do consumo de chocolate, alcançando um grupo combinado de 158 mil pessoas. A análise desta informação produziu resultados mais consistentes, pois os consumidores de chocolate apresentaram uma redução de 29% no risco de doenças cardíacas e até 21% no risco de AVC. O estudo também identificou que os consumidores de chocolate tinham 45% menos chance de morrer de doenças cardíacas, ataque cardíaco ou AVC.
O Dr. Mark Urman, cardiologista preventivo, do Instituto Cardíaco Cedars-Sinai, em Los Angeles, indicou que não se identificou com certeza qual dos ingredientes do chocolate poderia gerar um benefício para a saúde do coração.
Myint declarou que com este estudo observacional não se pode estabelecer um vínculo causal direto entre o chocolate e os benefícios observados e, portanto, são necessários mais estudos. Além disso, indicou que os resultados dependiam das informações das próprias pessoas sobre seus hábitos alimentares, podendo resultar em dados imprecisos.
Urman enfatizou que o chocolate não é “uma panaceia que curará ou prevenirá tudo”, trata-se, em todo caso, de observar as probabilidades e apostar na saúde das pessoas para poder vencer.
Os alunos das especializações em nutrição da FUNIBER se preparam para proporcionar as melhores alternativas alimentares para certos grupos da população ou pacientes.
Fonte:
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/news/fullstory_153122.html
Foto CC:
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