O gelo continua derretendo no Ártico, cada vez mais rápido

Atrás de 2012, considerado o pior ano para o Ártico, está este ano, 2020, que teve temperaturas mais altas que a média entre os anos 1981 e 2010.

Sabemos que o clima da Terra está cada vez mais quente, desde que se iniciaram os registros climatológicos. Mas no Ártico, esta transformação é ainda mais impactante. Segundo estudos da Agência Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA), o Ártico aumentou a temperatura duas vezes mais rápido que em todo o planeta.

O impacto já se vê nas placas de gelo que se dispersam pelo oceano. Segundo este estudo, este gelo está cada vez mais fino.

Estes dados são informações resultantes de satélites que conseguem medir o movimento das placas de gelo e a espessura que têm.

Mas apesar destes impactos serem percebidos localmente, os efeitos são globais. O resto do planeta também sente através das mudanças climáticas: ventos e correntes marítimas, principalmente.

O estudo calcula um aumento de 1,9°C na temperatura do ar na superfície do Ártico durante os anos 2019 a 2020. Este aumento está conectado com o aumento de outras regiões do planeta, como a do oceano, que registrou um aumento de 1 a 3°C.

Outros efeitos percebidos sobre a superfície:

  • Temperaturas excepcionais de ar quente durante a primavera na Sibéria.
  • Incêndios florestais extremos em 2020 no norte da Rússia.
  • Desde 2016, a vegetação da tundra muda fortemente pelo continente, diminuindo na América do Norte.
  • De setembro de 2019 a agosto de 2020, a camada de gelo da Groenlândia experimentou maior perda de gelo do que a média de 1981-2010, mas substancialmente menor do que a perda recorde de 2018/19.
  • Geleiras e mantos de gelo fora da Groenlândia continuaram uma tendência de perda significativa de gelo.

O estudo, titulado Arctic Report Card 2020, foi publicado pela NOAA em agosto, e se considera um documento de referência para os estudos ambientais sobre as condições climáticas, oceânicas e dos solos. Nesta edição o estudo contou com a participação de 133 cientistas de 15 países.

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Fontes:

El Ártico sigue muriendo: 2020 fue uno de los años más cálidos en esa región

2020 Arctic Report Card: Climate.gov visual highlights

 

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