Apesar da queda nas taxas de emissão de CO2, é necessária uma mudança mais estrutural na forma em que vivemos, se queremos combater as mudanças climáticas.
Desde a II Guerra Mundial não conseguíamos viver uma queda tão forte da taxa de emissão de dióxido de carbono como as que vemos agora, durante a pandemia provocada pelo COVID-19.
Segundo pesquisadores, provavelmente este ano veremos um descenso entre 4% e 7% da emissão por causa do confinamento.
O diretor da Carbon Global Project, Pep Canadell, um dos pesquisadores deste estudo, comenta que a taxa final vai depender se houver a necessidade de novos confinamentos massivos.
O estudo foi publicado na revista Nature Clima Change, e além desta estimativa, indicam que para o período analisado entre janeiro e abril, meses em que países distintos tiveram que aplicar o isolamento, as emissões baixaram um 8,6% em comparação ao mesmo período de 2019.
Grande parte desta redução ocorreu devido à queda no uso de transporte nas vias públicas, especialmente nas estradas, além da queda na produção industrial e de geração de energia.
No caso da aviação, considerado o setor mais afetado pela pandemia, sua responsabilidade sobre a queda nas taxas de emissão de dióxido de carbono foi menor, por volta de 3% da caída global.
Entretanto, a queda é apenas um dado temporal já que não há mudanças estruturais na maneira de desenvolvimento econômico. É provável que no próximo ano, quando se recuperem lentamente as economias, haja uma subida considerável da emissão.
Além disso, para um efeito positivo para a atmosfera, diminuindo o acúmulo de CO2, seriam necessários quedas de ao menos 1% e 2% anuais durante 10 ou 15 anos para que se notasse os efeitos na atmosfera.
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Fonte:Las emisiones de dióxido de carbono caerán entre un 4% y 7% este año por el confinamiento
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