A antropóloga e escritora Mirian Goldenberg denuncia a escassa figura do idoso no país latino-americano.
A pandemia de coronavírus que se espalhou pelo mundo tornou o etarismo mais evidente.
A antropóloga e escritora Mirian Goldenberg, professora do Departamento de Antropologia Cultural do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no Brasil, denuncia o tratamento aos idosos no país.
A professora, que pesquisa o envelhecimento há duas décadas, concedeu entrevista à BBC News Brasil, em que alertou para os atuais “discursos sórdidos e horripilantes, cheios de estigma, preconceitos e violência contra os idosos”.
Goldenberg afirma que esse tipo de discurso já era visível antes da pandemia do coronavírus, embora agora tenha ganhado notoriedade. Ouvir e compreender a realidade do idoso é, segundo a especialista, a forma correta de abordar o problema.
Etarismo ou gerontofobia são os termos pelos quais esse tratamento diferencial é conhecido. Além de preconceitos ligados aos idosos, tratar idosos como se fossem crianças é outro estereótipo comum.
Um exemplo da desigualdade em relação a esse grupo se produziu em Buenos Aires (Argentina), onde se proibiu a saída às ruas para os idosos com mais de 70 anos durante o desconfinamento. Finalmente, a decisão foi declarada inconstitucional por seu aspecto discriminatório.
“Pessoas idosas são cidadãs de pleno direito. Temos que agradecê-los por terem construído um mundo melhor. Como as outras pessoas, eles têm a capacidade de aprender, são solidários, ativos, competentes, participativos, criativos e envolvidos em todas as áreas (política, ciência, negócios, cultura, esporte ou economia)”, ressalta Alfredo Bohórquez Rodríguez, secretário geral da Sociedad Española de Geriatría y Gerontología (SEGG) ao jornal La Razón.
Todos os profissionais que desejam ampliar sua experiência no campo da gerontologia poderão alcançar seu objetivo com os programas universitários patrocinados pela FUNIBER. Um dos cursos oferecidos é a Especialização em Gerontologia Sanitária.
Fontes: Pandemia de coronavírus evidencia ‘velhofobia’ no Brasil, diz antropóloga.
Ser mayor en tiempos de gerontofobia: “Tengo 76 y no soy un viejo”.
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