Rompendo as barreiras do idadismo

Depois do sexismo e do racismo, o idadismo é a terceira grande causa de exclusão, de acordo com a Confederação Espanhola de Organizações de Idosos (CEOMA). Por esse motivo, algumas organizações têm lançado campanhas nas redes sociais e oferecido espaços artísticos para evitar que os idosos sejam discriminados

Para se referir à estigmatização, inerente ao processo avançado de envelhecimento nas últimas etapas do ciclo vital, recorre-se ao termo adotado pelo gerontólogo e psiquiatra Robert Butler em 1969, o idadismo (ageism).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre as consequências negativas do idadismo em idosos. Ela afirma que, apesar de ser um problema “onipresente”, é o dano social mais normalizado e sobre o qual não se toma nenhuma ação para combatê-lo

Além disso, o termo “idadismo” foi definido como um preconceito sistemático e uma discriminação contra as pessoas apenas porque elas são mais velhas, como comenta a psicóloga Rocío Fernández-Ballesteros em seu livro “Mitos y realidades sobre la vejez y la salud”.

Ela tenta desmantelar preconceitos; “Crenças, atitudes e estereótipos negativos sobre a velhice e sobre os idosos permanecem. O pensamento comum da população atribui aos idosos todos os tipos de ineficiências e incapacidades”, afirma.

Nesse sentido, a Associação Projeto Los Argonautas, em colaboração com alunos da IE University e da Fundação Llorente & Cuenca, lançaram a campanha #StopEdadismo com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do combate aos estereótipos dos idosos.

A campanha #StopEdadismo fornece informações positivas sobre as capacidades dos idosos para romper estereótipos e corrigir a velha linguagem usada diariamente pela sociedade. Além disso, a campanha leva jovens e adultos a compartilhar suas experiências e relacionamentos com idosos em redes sociais como TwitterFacebook e Instagram.

Da mesma forma, em Nova Iorque, a Galeria Carter Burden promove o bem-estar dos idosos por meio de serviços e espaços para artistas da cidade, acima de 60 anos, promovendo uma comunidade de apoio e diversidade cultural de artistas reemergentes.

Por outro lado, em Castellón, Espanha, o centro de Vinalab de Vinaròs apresentou, em 2017, a exposição fotográfica ‘Son-Risas’ que foi feita com a participação de membros do Club de la Vida de Vinaròs e do fotógrafo Cristian Gomez Angles.

A intenção era visualizar e questionar o pensamento social sobre o envelhecimento e empoderar os idosos. Foi trabalhado de forma intergeracional, resgatando a experiência cotidiana dos idosos e reivindicando seu papel na sociedade.

Para quem tem interesse em temas relacionados aos idosos, o Mestrado em Gerontologia, patrocinado pela FUNIBER, preconiza a formação de profissionais competentes, capazes de responder positivamente às necessidades de cuidado e atenção que os idosos exigem.

Fonte: #StopEdadismo, una campaña acabar con los estereotipos que pesan sobre las personas mayores

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