Na área de La Guajira, na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, muitos idosos sofrem as consequências econômicas e sanitárias do coronavírus.
Na região de Guajira residem milhares de migrantes da Venezuela, muitos deles idosos.
A associação HelpAge International denunciou as difíceis condições dos migrantes na Colômbia. Em La Guajira, o número de idosos migrantes é de cinco mil. Uma pesquisa realizada por essa organização em janeiro passado revelou que 84% da população idosa nessa região não tem instalações para lavar as mãos, e 78% não têm acesso à água potável. A situação atual causada pelo coronavírus não melhorou esses dados.
“As necessidades da população já eram alarmantes no início do ano, mas agora atingiram novos níveis”, destaca o representante regional da HelpAge International na América Latina e no Caribe, Marcela Bustamante.
“Milhares de pessoas pensaram que suas vidas não poderiam ser piores do que as circunstâncias que sofreram na Venezuela. Mas viver como migrantes instáveis nas duras condições de La Guajira e expostos ao covid-19 piorou a situação, pelo medo da morte do vírus, agravando a falta de assistência médica e a fome”, acrescenta.
Foram registrados 395 casos de coronavírus nessa área e 18 pessoas morreram, embora a organização afirme que o acesso aos testes de detecção de vírus é muito limitado, além dos problemas atuais de serviços de água e saneamento.
Bustamante alertou que o avanço do coronavírus trará sérias consequências para a região. “A situação já estava muito tensa, mas o covid-19 e o isolamento aumentaram o sentimento de insegurança e desigualdade. As pessoas que fugiram para a Colômbia em busca de uma vida melhor sobreviviam dia após dia, e isso piorou porque o isolamento negou a muitas pessoas qualquer meio que elas anteriormente tivessem para ganhar a vida”, conclui.
O jornal espanhol El País destaca as complicações atuais que a população venezuelana vive para voltar para casa durante a pandemia, dada a impossibilidade de obter um meio de subsistência no país vizinho.
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