Segundo um estudo, viver próximo de espaços verdes permite diminuir o processo de deterioração cognitiva relacionada com o raciocínio verbal e matemático
Os ambientes verdes são benéficos para a saúde e poderiam desempenhar um papel positivo contra a deterioração cognitiva em idosos, segundo um estudo desenvolvido por pesquisadores da Espanha e Reino Unido.
O estudo, realizado durante uma década, fez um acompanhamento de 6.506 pessoas de 45 a 68 anos do Reino Unido. Ao longo do processo, os participantes completaram uma bateria de testes cognitivos nos quais avaliavam seu raciocínio verbal e matemático, sua fluidez verbal e memória em curto prazo, assim como o declínio em todas as funções ao longo dos anos.
Os resultados da pesquisa mostraram que a perda nas funções cognitivas como parte do processo de envelhecimento é ligeiramente mais lenta nas pessoas que vivem vizinhas de regiões verdes comparadas as que não.
Os pesquisadores, além disso, também observaram que viver em áreas urbanas, onde há níveis altos de poluição atmosférica e ruído, poderia acelerar a deterioração cognitiva dos idosos.
Segundo este estudo, a diminuição dos resultados dos testes cognitivos foi 4,6 menor nos participantes que viviam em um ambiente mais verde. Além disso, as associações observadas foram mais fortes nas mulheres, o que se faz pensar que estas relações poderiam estar influenciadas pelo sexo.
Com o Mestrado em Gerontologia, promovido pela FUNIBER, é possível estudar os processos de envelhecimento dos idosos, a partir do estudo das mudanças físicas, sociais e mentais até a pesquisa das mudanças na sociedade que acarretam no envelhecimento da população.
Fonte: Un entorno más verde se asocia con un menor deterioro cognitivo en mayores
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