Pessoas que participam de atividades artísticas, como pintar ou desenhar na meia-idade, têm 73% menos probabilidade de sofrer doenças mentais, de acordo com estudos
Um estudo da LiveScience, comprovou os benefícios da atividade artística nos estágios avançados da vida. Os pesquisadores acompanharam 256 pessoas, com uma média de idade de 87 anos, durante quatro anos. Dos quais 121 participantes desenvolveram deterioração cognitiva leve, uma condição que significa ter problemas de pensamento e memória.
A partir dessa amostra, as pessoas que participavam de atividades artísticas, como pintura e desenho, tanto na meia-idade quanto aos 85 anos ou mais, tinham 73% a menos de probabilidades de desenvolver deterioração cognitiva leve comparados àqueles que não participavam de atividades artísticas.
De acordo com os pesquisadores, as pessoas que se dedicavam a atividades artesanais, como a carpintaria ou a cerâmica, tinham 45% a menos de probabilidades de desenvolver deterioração cognitiva leve do que aqueles que não participaram de tais atividades.
Números de demência
O Centro de Referência Estatal sobre o Alzheimer (CRE Alzheimer) argumentou que, durante o ano de 2015, apareceram 9,9 milhões de novos casos de demência no mundo todo. O número total de pessoas com demência são de 46,8 milhões no mesmo ano e esse número dobrará em 20 anos.
Atualmente, mais de 47 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer e a previsão é de que mais de 131 milhões de pessoas sofram dessa doença até 2050, de acordo com o Relatório Mundial sobre o Alzheimer 2016.
A arte para a causa
Baseado em uma experiência pessoal, a diretora do Centro Azkuna de Bilbao, Lourdes Fernández, propõe ajudar por meio da arte, pessoas próximas e pacientes de Alzheimer. Afirma que “a arte é uma forma de expressão que pode ser muito eficaz para ajudar os que sofrem dessa doença. Poderia ser organizado uma exposição ou um leilão em que o dinheiro arrecadado fosse direcionado à associações que trabalham com a doença”.
Além disso, a artista lembra o filme ‘Cuidadores’, do diretor guipuzcoano Oskar Tejedor, que narra o encontro de cuidadores de familiares com doenças degenerativas que se reúnem a cada 15 dias para compartilhar seus temores e medos. O filme foi fundamental para o acompanhamento do cuidado de sua mãe, diagnosticada com Alzheimer.
A FUNIBER patrocina um Mestrado em Gerontologia, que tem como objetivo formar alunos nos cuidados sociossanitários dos idosos. Por isso, o programa desse mestrado afeta na importância da detecção precoce das doenças e no fornecimento de ferramentas para o acompanhamento às pessoas que sofrem de doenças degenerativas.
Fonte: Arts and Crafts Activities May Stave Off Dementia
Lourdes Fernández: “Evitaría que el enfermo de alzhéimer sufra sin necesidad”
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