Países que são exemplos de promoção à educação inclusiva

Além do esforço e das capacidades natas de uma pessoa, outros fatores podem ser delimitadores das oportunidades, e consequente, desenvolvimento educativo.

Segundo dados da UNESCO, no estudo “Relatório de Seguimento da Educação no Mundo”, lançado neste ano, em todos os países, exceto algumas nações na Europa e na América do Norte, apenas 18% dos jovens pobres terminam a escola secundária. No caso dos jovens ricos, todos completam o curso.

Em grande parte, a discriminação e o preconceito são elementos que contribuem para dificultar ainda mais o acesso e a continuidade nos estudos. Agora, com a pandemia provocada pelo COVID-19, temem que essa realidade seja ainda mais dura.

No estudo desenvolvido pela UNESCO, foram analisados 194 países. Destes, cinco oferecem leis de educação inclusiva para todos os estudantes. Os países são o Chile, a Itália, Luxemburgo, o Paraguai e Portugal.

Esta visão inclusiva falta em muitos países, de acordo com Carlos Vargas-Tamez, do escritório de Educação para América Latina e o Caribe de Unesco, em entrevista para a BBC Mundo. “Há uma dívida pendente”, afirma, “A inclusão não passa somente para que se possa a ter acesso à educação, senão porque para que esta seja relevante social e culturalmente”, explica.

Ele destaca ainda que a América Latina e o Caribe é a região mais desigual do mundo, dado que se vê espelhado nos sistemas educativos nos países.  Para contornar esta situação é necessário, na avaliação do especialista, reconhecer quem são os excluídos, adotar medidas contra o racismo, aceitando a diversidade no próprio corpo docente.

Carlos Vargas-Tamez chama a atenção para o impacto que poderá ter a pandemia para agravar esta situação. “O COVID-19 ameaça exacerbar estas desigualdades”.

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Fonte: Educación inclusiva: cuáles son los 5 países del mundo que tienen leyes que la promueven (y dos están en América Latina)

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