As escolas de diferentes lugares do mundo vêm buscando alternativas para que os estudantes possam continuar estudando durante o confinamento, por enquanto há mais dilemas e desafios do que simples soluções.
Não há respostas prontas, manuais e rotinas específicas. Cada escola vem criando material de forma urgente para poder enfrentar a falta das aulas presenciais. O principal meio é a internet, embora muitos não possuem acesso aos recursos digitais.
Na Espanha, como relatamos anteriormente, o governo lançou um projeto para a televisão pública com programas audiovisuais, criados por editoras especializadas em educação, destinado aos estudantes sem acesso à internet, ou com limitação de aparelhos e rede. De fato, a brecha digital é enorme no mundo, e as escolas reconhecem que o confinamento pode aumentar as desigualdades na educação.
Para quem tem acesso à internet, há diversos recursos já criados que podem ser aproveitados. Mas, a opção preferencial é manter as relações sociais estabelecidas e a presença virtual dos professores e outros colegas de sala é importante para evitar a impessoalidade, principalmente neste momento. Para isso, há recursos como são os vídeos gravados pelos próprios professores em Youtube, plataformas de estudo como o Google Classroom, blogs com trabalhos, vídeos conferências e outros.
Nesta nova dinâmica digital, as famílias são fundamentais. É importante que tanto os educadores como os familiares tenham paciência com esta adaptação: seja buscando novas plataformas, recursos audiovisuais em canais de comunicação ainda desconhecidos, páginas e grupos na internet, entre outros.
As plataformas também não estavam preparadas. Algumas, por exemplo, a de videoconferência Zoom, viu aumentar subitamente o número de usuários e problemas começaram a surgir. Entre os mais graves, a falta de segurança de dados. Por exemplo, nos Estados Unidos, uma aula com alunos da 4º série de uma escola da Flórida, teve a aula online invadida por imagens de pornografia a partir de um hacker. As crianças ficaram chocadas ao ver as cenas, e muitas escolas já não autorizam o uso deste aplicativo.
Outro dilema que passa em alguns países é com a forma de avaliação: como serão as qualificações neste período? Como considerar as diversas formas de acesso à internet, ambiente familiar e estado emocional como alteradores da aprendizagem?
Talvez ainda falte uma ou duas semanas, talvez até um mês para finalizar o confinamento. Será que a comunidade educativa, com a ajuda de instruções dos governos, vão conseguir reorganizar-se?
O diretor da Escola Municipal Walmir de Freitas Monteiro, em Volta Redonda, no Brasil, Felipe Nóbrega, analisa que o retorno às aulas presenciais poderá ser modificado pela experiência atual. “Com certeza vão surgir questionamentos sobre o uso do celular durante a aula, e ainda precisamos refletir como a tecnologia vai impactar o retorno”, afirma em artigo publicado no site Porvir.
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Fontes: Diretor usa ferramentas gratuitas para envolver professores e alunos durante quarentena
Mãe relata ‘invasão’ de pornografia em vídeo-aula do filho nos EUA
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