“Para que as escolas inclusivas deixem de ser necessárias”

Para que uma sociedade mude, a escola deve mudar. Nesta conferência, a professora Silvana Corso conta num relato emotivo a sua experiência com a educação inclusiva

Silvana Corso comenta numa conferência Ted sobre a experiência vivida quando criança, na escola, onde a diagnosticaram como uma aluna com transtornos de aprendizagem. A escola, então, por não confiar na sua capacidade de aprender, resolveu passá-la de ano, dando-lhe o título mesmo sem conseguir superar os exames.

Então, a saída indicada eram cursos profissionalizantes, com técnicas. Sua mãe, acreditando na avaliação das professoras, levou Silvana à uma escola de costura. Mas a alternativa não funcionou.

Voltando à escola, os professores do ensino fundamental descobriram qual era a dificuldade da Silvana: ela não sabia como aprender. Não tinha uma metodologia de ensino que lhe ajudasse a estudar.

Silvana, com esta experiência, resolveu ser docente para poder observar e entender o que necessita cada um para poder se desenvolver. “Assim, nasceu a minha vocação”, diz. “Eu queria ensinar a aprender”.

Silvana conta também outro desafio que viveu quando a sua filha com paralisia cerebral nasceu. Ela optou por leva-la a um jardim infantil, e não a um centro de reabilitação, onde os médicos recomendavam. “Um dia, uma escola nos aceitou”, porque como comenta, quem tem filho com paralisia não pode escolher a escola que queira.

A experiência foi maravilhosa, diz Silvana, porque a sua filha, Catalina, deixava de ser apenas paciente para ter uma vida, com outros colegas, poder viver. Ela viu então um modelo de escola real, que aceitava qualquer criança para educar, sem barreiras.

Junto com a escola, ela teve várias experiências como festas, viagens, saídas com colegas ao cinema, ao teatro. Da experiência, Silvana começou a se especializar em educação inclusiva. “Uma escola inclusiva é uma escola que se ocupa e se preocupa com todos, e cada um de seus alunos”, afirma.

Silvana é agora diretora de uma escola estatal de ensino fundamental, e se esforça para criar estratégias de intervenção para os diversos tipos de alunos, e para o conjunto. Ela ressalta que para isso é importante saber ouvir e prestar atenção aos alunos, ter vontade e paixão pelo trabalho, saber trabalhar em equipe.

Veja a conferência completa no vídeo abaixo:

Para uma formação mais ampla e aplicada no campo da educação inclusiva, os professores podem optar pelo Mestrado em Intervenção Psicológica no Desenvolvimento e na Educação, patrocinado pela FUNIBER.

Fonte: Para que las escuelas inclusivas dejen de ser necesarias | Silvana Corso

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