Estudo indica que com um minuto diário de atividade física de alta intensidade temos os mesmos benefícios que um treinamento maior. O professor da área de Esportes da FUNIBER, Carlos Lago, ressalta a necessidade de debater o tema. Nós gostaríamos de saber sua opinião.
“Não tenho tempo”. Quem alguma vez já escutou esta frase para justificar a falta de atividade física? Mas segundo um estudo da Universidade de McMaster, no Canadá, com um minuto de exercício físico intenso é possível conseguir os mesmos benefícios que com 45 minutos de um treinamento moderado. Será verdade?
Para entender melhor o estudo, o professor da área de Esportes da FUNIBER, Carlos Lago, indica-nos algumas questões que devemos considerar para saber se com um minuto diário de atividade poderemos estar em forma.
O que diz o estudo
O professor de quinesiologia em McMaster, Martín Gibala, afirma que o exercício feito em curto tempo, mas com alta intensidade, é “uma estratégia muito eficiente” para a saúde. Além de sua experiência de 10 anos de estudos sobre o treinamento intervalado de alta intensidade, sua conclusão está corroborada por uma pesquisa, recém-publicada, com 27 homens com um estilo de vida sedentário.
Para o experimento, os participantes foram distribuídos em 3 grupos. No primeiro, deviam realizar treinamentos com bicicleta em intervalos de alta intensidade, três vezes por semana, durante 12 semanas. No segundo grupo, durante o mesmo tempo, deviam realizar exercício moderado de forma contínua. E os componentes do terceiro grupo, não deviam fazer nada.
O treinamento do primeiro grupo consistia em três sprints de 20 segundos, o que significa 60 segundos de alta intensidade, mais dois minutos para esquentar e três para esfriar. Por último, dois minutos de pedalada de baixa intensidade entre os sprints. Ao final, eram 10 minutos de exercício.
O segundo grupo dedicava 50 minutos cada dia para treinar. Ao comparar o resultado do estado físico dos participantes a partir dos treinamentos, os pesquisadores encontraram os mesmos benefícios. Ou seja, os participantes de ambos os grupos ganharam 20% de melhoria em sua forma física e nos níveis de açúcar no sangue. Além disso, aumentou a produção de energia e o consumo de oxigênio nos músculos.
Mas, analisemos os resultados
De acordo com o professor da área de Esportes da FUNIBER, Carlos Lago, os resultados devem ser interpretados. Primeiro, que tipo de atividade é a recomendada para que em 1 minuto diário tenha-se o mesmo efeito que um treinamento mais prolongado?
“As atividades recomendadas para este tipo de metodologia de treinamento podem ser muito variadas. A principal pauta que devem cumprir é que possa ser realizada a máxima intensidade. Além disso, deve implicar o maior número de grupos musculares possíveis e, um fator que se costuma evitar, deve ajustar-se aos gostos e possibilidades de cada pessoa”, afirma o professor Carlos Lago.
Por outro lado, os benefícios podem variar em função do tipo de pessoa. Isto é, o estudo emprega pessoas sedentárias, para as quais realizar um mínimo de atividade física implica melhorias importantes. Segundo Carlos Lago, “em pessoas ativas, esse mesmo treinamento não terá os mesmos efeitos, mas é provável que igualmente produza melhorias, sem dúvida, muito mais que estar sentado no sofá todo o dia”.
Você mudaria suas rotinas de treinamento tradicionais por esta mais curta e intensa? Acredita que é válido para todas as pessoas? Esta informação pode gerar confusão? Este treinamento pode gerar mais afeição à prática de atividade física? Os estudantes da área de Esportes da FUNIBER devem analisar as pesquisas científicas para aprofundar o conhecimento sobre os aspectos que melhorem a prática saudável da atividade física.
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Fontes: http://fnbr.es/2xe, http://fnbr.es/2xf
Fonte original: http://fnbr.es/2xg
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