Responsabilidade empresarial frente às mudanças climáticas

De acordo com especialistas, o setor privado pode contribuir para a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas criando políticas internas ou unindo-se às iniciativas que ajudam a reduzir as emissões de carbono

Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) de 2016, a América Latina emite 5% do total das emissões globais de gases de efeito estufa, e os setores que mais contribuem são indústria e transporte.

O Brasil ocupa a 15ª posição, emitindo 486.229 quilotons de CO2 por ano, seguido pelo México, que emite 472.017. A lista dos países mais poluidores da região tem prosseguimento com Argentina, Venezuela, Chile e Colômbia. Os menos poluentes são Porto Rico, Nicarágua e Paraguai.

Nesse sentido, John Elkington, o porta-voz da Volans (iniciativa que promove a diminuição do impacto ambiental do carbono), apresentou na revista Harvard Business Review as quatro etapas necessárias para que as organizações possam se candidatar com o propósito de contribuir para a redução do impacto ambiental das emissões de carbono.

  1. Conhecer os dados: as empresas devem conhecer o cenário atual das emissões de carbono. Essas informações podem ser encontradas no portal Carbon Tracker, um grupo de especialistas financeiros independentes que realiza uma análise profunda sobre o impacto da transição energética nos mercados de capitais e o possível investimento em combustíveis fósseis de alto custo e com uso intensivo de carbono. Além disso, o índice de economia de carbono reduzido de 2017, da consultoria PwC 2017, monitora a taxa de transição de emissões reduzidas de carbono em cada uma das economias do G20.
  2. Conhecer as iniciativas sustentáveis: as organizações estão realizando “viagens educacionais”, que consistem na visitação de regiões e instituições que estão na vanguarda da mudança sustentável, geralmente guiadas por organizações como a Leaders Quest. Há, também, a opção de inscrição no Centro para a Eliminação de Carbono, do executivo Noah Deich, onde se trabalha a nova economia de carbono.
  3. Aumentar o preço do carvão: para cumprir as promessas climáticas do Acordo de Paris, no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que estabelece medidas para a redução das emissões de gases de efeito estufa, o custo de emissão de dióxido de carbono deve aumentar de 50 até 100 dólares por tonelada para 2030, um preço mais elevado do que o atual da União Europeia (UE), que é menos de 6 dólares.

A exemplo do que foi dito anteriormente, empresas como GoogleUnilever, e Tata Motors aderiram à plataforma da organização Climate Group RE100, que participa de um caso de negócio a fim de tornar a eletricidade 100% renovável e enfrentar as barreiras que essa mudança poderá trazer.

  1. Reverter o problema: Paul Hawken e sua plataforma Project Drawdown propõem reimaginar o carbono. Seu objetivo é encontrar a melhor maneira de reverter um orçamento mundial de carbono que é cada vez mais apertado, para obter, assim, mais benefícios econômicos, sociais e ambientais. Esse consórcio lançou uma ferramenta de produtividade de carbono para ajudar as empresas a dar os primeiros passos na redução de carbono.

Para os interessados, o Mestrado em Direção Estratégica promovido pela FUNIBER é um programa executivo que canaliza toda a experiência dos participantes e complementa com as informações acadêmicas mais atualizadas. O curso também tem uma forte ênfase na gestão de negócios orientada para a responsabilidade social.

Fonte: O que os executivos podem fazer, atualmente, para lutar contra a mudança climática

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