Redes sociais aumentam ansiedade e depressão entre os jovens

Pesquisa britânica determina que o Instagram é a rede social que mais afeta a saúde mental dos jovens de 16 a 24 anos. Isto se deve ao aumento de seus níveis de ansiedade porque comparam suas vidas com o que veem nos perfis das pessoas que seguem

Uma pesquisa realizada pela Royal Society of Public Health (RSPH) e pela Universidade de Cambridge, denominada #StatusOfMind, indica que 91% dos jovens com idade entre 16 e 24 anos usam a internet para navegar em redes sociais, enquanto as taxas de ansiedade e depressão deste grupo tiveram 70% de aumento.

O estudo procura prevenir sobre o uso das redes sociais, já que entre suas conclusões não só determina efeitos negativos, como também os efeitos positivos de utilizar redes como FacebookInstagram, Youtube, TwitterSnapchat e a relação de seu uso com a saúde mental da juventude.

Durante o estudo #StatusOfMind foram pesquisados 1.479 jovens (de 14 a 24 anos) da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, durante os meses de fevereiro a maio de 2017.

Os participantes responderam perguntas a respeito de como as diferentes plataformas sociais impactavam em 14 temas diferentes relacionados com a saúde e o bem-estar: consciência e compreensão das experiências de saúde de outras pessoas, acesso a informação especializada sobre saúde, apoio emocional, ansiedade, depressão, solidão, sono, expressão pessoal, autoidentidade, imagem corporal, as relações com o mundo real, a noção de sentir-se parte de uma comunidade de pessoas de ideias afins, e intimidação.

Shirley Cramer, Diretora Executiva do RSPH, adverte que “os meios sociais foram descritos como mais aditivos que os cigarros e o álcool, e agora estão tão arraigados na vida dos jovens que já não é possível ignorá-los quando se fala de seus problemas de saúde mental”.

Ainda assim, a responsável pela pesquisa destaca que o Instagram e o Snapchat ocupam as posições mais críticas do ranking quanto a sua relação com o bem-estar e saúde mental dos jovens usuários. “Ambas as plataformas estão muito centradas na imagem e parece que podem estar impulsionando sentimentos de insuficiência e ansiedade nos jovens”, afirma.

Os alunos das áreas de Tecnologia e Psicologia que a FUNIBER patrocina estão a par deste e de novos estudos que permitem relacionar temas de saúde com os avanços tecnológicos.

Fuente: Instagram, la red social que más afecta a la salud mental de los jóvenes

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