Há 25 anos, estudos indicavam que a saúde e a nutrição haviam melhorado em muitos países, mas ainda havia muitos desafios a serem superados.
As notícias que abriram o século XXI falavam da alimentação como promotora da boa saúde.
O Comitê Permanente de Nutrição do sistema das Nações Unidas lançou o documento “Nutrição, a base para o desenvolvimento”.
No documento, são apresentados estudos que associam a nutrição ao desenvolvimento e depois às metas do milênio:
- Os investimentos na nutrição das meninas podem ajudar a melhorar a situação das mulheres e aumentar os incentivos para o tamanho desejado de uma família menor;
- A atenção às questões nutricionais pode tornar a agricultura mais rentável ao conectá-la às necessidades do consumidor e pode tornar as práticas ambientais mais sustentáveis ao harmonizá-las com os padrões alimentares tradicionais;
- A melhora da nutrição é um passo importante para o desenvolvimento do capital humano e a redução da pobreza;
- A programação nutricional pode ajudar a desenvolver processos participativos que promovam os direitos humanos e facilitem a descentralização bem-sucedida e
- Um melhor estado nutricional fortalece a integridade imunológica e ajuda a prevenir doenças não transmissíveis, como a diabete.
25 anos depois, vemos como esses temas foram reforçados com base na pesquisa científica e na formação profissional.
O conhecimento, por sua vez, está obrigando governos e indústrias a tomarem medidas para favorecer a mudança para uma alimentação melhor.
Agora vemos rótulos com informações nutricionais, boom de alimentos funcionais, nutrição personalizada e a importância de cuidar do sistema imunológico.
No entanto, a desnutrição também aumentou, tanto por excesso quanto por deficiência. Hoje, mais do que nunca, são necessárias mais e melhores políticas alimentares e profissionais de nutrição.
A coordenadora das áreas de saúde da FUNIBER, Irma Domínguez, explica que “atualmente, há mais consciência sobre a importância de uma alimentação adequada para melhorar o desenvolvimento das sociedades. No entanto, persistem grandes desigualdades. Também enfrentamos novos problemas, como uma sociedade digital em que abundam informações falsas ou deturpadas. Hoje mais do que nunca é necessária uma educação de qualidade”, afirma.
A contribuição da FUNIBER
A FUNIBER tem acompanhado essas mudanças promovendo a formação de alunos em diversos países. Atualmente, promovemos 16 programas de mestrado, 25 especializações e 2 doutorados nas áreas de saúde, para oferecer uma formação de qualidade que atenda às demandas atuais de conhecimento.
Apoiamos a criação da revista científica MLS Health and Nutrition Research para promover pesquisas com acesso aberto e em vários idiomas. O editor-chefe da revista, Iñaki Elío Pascual, diretor da licenciatura em Nutrição Humana e Dietética da Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO), explica que “da Comissão Editorial da revista MLS Health and Nutritional Research pretende ser uma referência na transferência de conhecimento científico na área da saúde, nutrição e alimentação. Nós encorajamos você a continuar enviando seus artigos, a fim de contribuir para o avanço do conhecimento”.
Ainda na área de pesquisa, a FUNIBER tem participado de projetos internacionais de inovação e desenvolvimento na área de nutrição, principalmente. Da mesma forma, tem colaborado, por meio dos centros de pesquisa da rede da qual participa, em projetos de cooperação para fortalecer produtores locais e tecnologia alimentar. Alguns exemplos são os projetos BIOC3, para o desenvolvimento de bioplástico comestível e compostável, Suero Lacteo, para o desenvolvimento de tecnologias para a reutilização sustentável do soro de leite, pTCA, para tecnologias de detecção precoce de distúrbios alimentares na população jovem, entre outros.
Recentemente, a FUNIBER tem investido também no desenvolvimento da enfermagem em Angola. Isto através de um trabalho conjunto com a Universidade Europeia do Atlântico (UNEATLANTICO) e a Universidade Internacional do Cuanza (UNIC).
Nestes 25 anos, optamos por uma formação de qualidade e acessível em saúde e nutrição para o desenvolvimento sustentável, para a promoção dos direitos humanos e para a saúde integral.
Ainda há desafios a serem superados, e continuaremos promovendo o conhecimento, a pesquisa e o trabalho internacional em rede para que os profissionais possam enfrentá-los. Apostamos no futuro investindo no presente.