Um estudo desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Sociedade Estadunidense do Câncer pesquisou como o parasita Toxoplasma gondii, transmitido em alimentos contaminados e na água pode se associar com a formação do glioma, um tumor raro e mortal.
Os pesquisadores analisaram mostras de sangue de um banco de dados nos Estados Unidos e do Registro Norueguês do Câncer Janus Serum Bank. Os resultados da análise apontam que as pessoas com maior quantidade de anticorpos contra o T.gondii tiveram mais risco de desenvolver o glioma.
Segundo os autores do estudo, entre 20% e 50% da população poderia já ter sido exposta ao parasita, que se encontra em alimentos sem a devida preparação como são as carnes cruas, em especial a carne de cordeiro e do porco, ou frutas e verduras sem lavar. A água não potável também pode conter o T.gondii. Estudos sobre a ação do parasita no corpo humano vêm mostrando relação com a formação de cistos cerebrais.
Já o glioma é uma forma agressiva de câncer que se desenvolve no cérebro, e é responsável por 80% dos tumores malignos. Uma das autoras do estudo, a Dra. Anna Coghill, afirmou que “deve-se ter em conta que o risco absoluto de ser diagnosticado com um glioma continua sendo baixo, e estas descobertas devem ser replicadas em um grupo de indivíduos grande e diverso”.
Embora este risco exige, ele não é definitivo. Assim, pode haver pessoas com os anticorpos que não desenvolveram este tipo de câncer, e pessoas que sim tiveram o glioma mas não apresentavam os anticorpos do parasito.
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Estudo: Toxoplasma gondii infection and the risk of adult glioma in two prospective studies
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