Estudo analisa dados desde os anos 60 em diversas regiões do mundo, e conclui que a tendência é que cada vez mais, nos alimentaremos com alimentos parecidos
Estima-se que somos 7,7 bilhões de pessoas no mundo, morando em 193 países. Mas as diferenças culturais estão cada vez menores e atualmente, segundo um estudo publicado recentemente na revista Nature Food, comemos cada vez mais parecido.
No estudo, que reuniu dados sobre as dietas no planeta desde os anos 60, os pesquisadores mostram como o consumo de alimentos em diferentes regiões vem se tornando similar . Alguns países, principalmente os situados na América do Norte, Europa e leste asiático, apresentam mais semelhanças. Somente na África, principalmente na região subsaariana, a alimentação não mudou nos últimos 50 anos.
Um dos autores do estudo, o pesquisador James Bentham, da Universidade de Kent, no Reino Unido, afirmou que pelos resultados, a tendência é para uma dieta global, caracterizada pelo “consumo relativamente maior de alimentos de origem animal e açúcares, mas também por um crescente consumo de vegetais”, afirmou para o jornal El País.
As mudanças foram variáveis. Por exemplo, tanto nos Estados Unidos como no Reino Unido, as pessoas diminuíram o consumo de carne, leite e ovos. Por outro lado, na China, a dieta que tinha em grande parte os cereais como principal alimento passou a incorporar carne e açúcar, e como consequência, vem aumentando as taxas de obesidade.
O estudo não analisou as causas, mas o pesquisador não hesita em sugerir a globalização e o comércio internacional como principais facilitadores para estas mudanças. Também, o poder econômico, por exemplo na região asiática, que favorece o consumo de proteínas animais.
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Fonte: Hacia la dieta universal: los humanos cada vez comen más parecido
Estudo: Multidimensional characterization of global food supply from 1961 to 2013
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