A aplicação de conhecimentos em cuidados paliativos na prática da medicina familiar ajudaria os médicos a melhorar a comunicação com os pacientes, diminuir os sintomas e os serviços de urgência, e de forma consequente, os custos de saúde
Apesar do avanço científico e tecnológico que facilitaram para o diagnóstico, e também, para a eficácia do tratamento de doenças, a comunicação entre o médico e seu paciente ainda é um fator fundamental para o cuidado da saúde.
Daniela Duarte Silva, com formação em Cuidados Paliativos e Medicina Familiar, reforça a importância do conhecimento das expectativas e preferências que envolvem os familiares no plano de cuidados. No artigo publicado no Jornal Médico, ela defende a aquisição de conhecimentos da área de cuidados paliativos para a aplicação na medicina familiar, que pode trazer benefícios para os pacientes, e suas famílias.
O médico de família, como aponta Duarte Silva, “deve estar apto no tratamento da doença avançada e progressiva e deverá responder às necessidades físicas, psíquicas, sociais e espirituais dos doentes e suas famílias”, afirma.
De acordo com a especialista, os médicos de família devem cumprir seis competências, que são:
- Gestão de cuidados primários;
- Cuidados centrados na pessoa;
- Aptidões específicas de resolução de problemas;
- Abordagem abrangente;
- Orientação comunitária;
- Modelação holística.
“É notório que os princípios da filosofia paliativista são muito similares aos princípios da medicina familiar, confluindo na comunicação com o doente, sua família e interpares”, diz.
Os médicos familiares contam com boa formação para esta comunicação, mas algumas habilidades ainda devem ser trabalhadas para a gestão de expectativas realistas e reunião com familiares.
Como afirma o presidente da Sociedade Riojana de medicina de família e comunitária, Miguel Ángel Gallardo Doménech, “é próprio e específico dos médicos de família acompanhar as pessoas ao largo de toda a vida, tendo em conta suas características pessoais, familiares e sociais”.
É necessário formar os médicos para maior aplicação dos cuidados paliativos que, como indica Daniela Duarte Silva, podem “diminuir a carga sintomática do pacientes e a sobrecarga dos familiares”.
Os profissionais da área de Saúde podem ampliar a formação com os programas de especialização e mestrado patrocinados pela FUNIBER.
Fontes: Cuidados Paliativos e a Medicina Geral e Familiar
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