Pesquisadores nos Estados Unidos desenvolveram nova fórmula para calcular a gordura relativa que poderia ser mais precisa que o índice de massa corporal (IMC)
O Índice de Massa Corporal (IMC) é hoje uma medida referente para estimar se uma pessoa está com o peso ideal. Desenvolvida pelo estatístico Adolphe Quetelet, no fim do século XIX, o IMC é uma fórmula que associa a massa e a estatura da pessoa, e foi adotada pela Organização Mundial da Saúde.
Mas há algumas ressalvas para adotar o IMC, já que pode variar segundo uma série de características individuais como pode ser a idade, o gênero, as diferenças raciais, massa óssea, massa muscular, entre outros.
Para buscar um método mais confiável, pesquisadores do Cedars-Sinai Medical Center de Los Ángeles (Estados Unidos) avaliaram mais de 300 fórmulas, a partir de uma base de dados de 12 mil adultos nos Estados Unidos. Os dados são parte de uma enquete de saúde e nutrição, desenvolvida por centros de controle e prevenção de doenças.
Com a investigação, foi possível estabelecer uma nova fórmula chamada índice de gordura relativa (RFM, pelas siglas em inglês), que usa medidas de altura e circunferência da cintura.
“Queríamos identificar um método mais confiável, simples e econômico para avaliar a porcentagem de gordura corporal sem usar equipamentos sofisticados”, escreveu um dos autores do estudo, o Dr. Orison Woolcott. Com a nova fórmula criada, os pesquisadores acreditam que será mais preciso determinar a massa de gordura relativa.
Para comprovar a eficiência da fórmula criada, a equipe investigadora comparou os resultados com escâner corporal de alta tecnologia, chamado de DXA, reconhecido internacionalmente como instrumento de exploração corporal.
Como aplicar a fórmula
Para calcular o RFM, é necessário conhecer a altura e a medida da circunferência da cintura, e calcular segundo a equação, que varia com o gênero. Entre os homens, a equação é: 63 – (20 x altura/circunferência). Entre as mulheres, a fórmula varia para 76 – (20 x altura/circunferência).
O novo método foi publicado na revista ‘Scientific Reports’, mas como indica o pesquisador Woolcott, deve-se provar o RFM “em estudos longitudinais com grandes populações para identificar quais valores porcentuais de gordura corporal são considerados normais ou anormais, em relação a problemas de saúde associados à obesidade”, afirmou.
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